quarta-feira, 30 de junho de 2010
DIÁRIO DE UM LEITOR
7:30 - Acordei cedo. Ontem fui dormir bem depois da meia-noite. Fiquei lendo notícias na internet até bem tarde. Agora é hora de levantar e tomar café.
8:10 - Abro os nossos principais jornais: Folha de SP e Estadão. Nenhuma notícia muito animadora sobre livros, literatura ou que quer que seja. Só há destaque para os jogos da Copa do Mundo. Checo meus e-mails.
8:50 - Atrasado para o trabalho.
9:05 - No metrô aproveito para adiantar a leitura de Khadji-Murát, de Liev Tolstói. O guerreiro da Chechênia está realmente ocupando minha cabeça. Acho engraçado como o texto de Tolstói arrasta o leitor para dentro do seu universo.
9:45 - Esperando o ônibus e ainda lendo Khadji-Murát. Ele está numa situação bastante complicada. Seu destino está dividido em pedir ajuda aos russos, se entregar ao seu inimigo ou perder de vez sua família. Os escritores russo não tem mesmo pena da gente.
10:00 - Trabalho. Trabalho, trabalho... coitado do Khadji-Murát. Quero ver se ele vai encontrar alguma saída.
14:00 - Almoço. Aproveito para ver notícias sobre os novos lançamentos das editoras. Passo na livraria. Vejo alguns livros e capas de revistas.
15:00 - De volta ao trabalho. Mais trabalho, trabalho, trabalho... não sabia que Júlio Cortazar sofria de gigantismo. Será mesmo verdade?
19:30 - Hora de ir embora. Aproveito para ouvir música e dou um tempo na leitura.
20:00 - Preciso passar de novo em outra livraria. Olho as vitrines, os destaques, etc. Quero comprar quase tudo o que vejo. Como o dinheiro é pouco, fico só no planejamento. Não sei porque mas ultimamente tenho tido a sensação de que não li os livros que já deveria ter lido. Chego a conclusão de que ser leitor é realmente um sufoco. A gente não consegue acompanhar os lançamentos.
20:30 - Não aguentei! Comprei três livros. Mas eram edições de bolso e estavam com um preço bem baratinho.
21:00 - Jantar. Lanço um olhar geral sobre minhas novas aquisições. Lembra daquele conto da Clarice Lispector, Felicidade Clandestina? Então...
22:00 - Em casa. Coloco os livros na minha estante. Vou para o computador: ler e-mail, ver notícias, etc. Hora de postar alguma coisa no blog. Não tenho idéia nenhuma. Desisti. Continuei olhando mais notícias e blogs.
22:30 - O twitter é mesmo um mundo de notícias, né? Até quando será que a gente aguenta?
23:00 - Desliguei o computador e aproveitei para adiantar as minhas leituras. Tem alguns artigos que deixei separado e nunca mais mexi. Acho que é uma boa hora de dar uma olhada neles.
00:00 - Aos poucos estou concluindo: "Só sei que nada sei". Melhor continuar lendo.
00:32 - Hora de dormir. Apagar as luzes e pensar em tudo o que li por hoje.
domingo, 27 de junho de 2010
O ARQUIVO QUE REVELA O TRABALHO DE JOHN UPDIKE
O ARQUIVO QUE REVELA O TRABALHO DE JOHN UPDIKE
sábado, 26 de junho de 2010
É TEMPO DE LER E RELER CHARLES DICKENS
Ontem passei em duas grandes livrarias e percebi que as obras de Charles Dickens estão ganhando destaque nas vitrines e estantes. O autor inglês é indiscutivelmente um clássico da literatura ocidental. Todo mundo já esteve em contato com sua obra pelo menos uma vez na vida. O livro Um conto de natal, por exemplo, serviu de inspiração para o Tio Patinhas, personagem dos quadrinhos. O mesmo livro rendeu recentemente a animação Os fantasmas de Scrooge, de Robert Zemecks. Grandes esperanças, outro livro muito conhecido de Dickens, virou filme com Ethan Hawke e Gwyneth Paltrow no elenco.
Acho que esse novo retorno está acontecendo aos poucos por conta da biografia Charles Dickens, de Michael Slater (Yale University Press). Semana passada, o caderno Sabático, trouxe uma resenha Gênio investigado sobre essa nova biografia.
Enquanto não temos tradução da biografia para o português, vale ler ou reler a obra de Dickens. A editora Estação Liberdade acaba de lançar Um conto de duas cidades, com tradução de Débora Landsberg. O livro conta a história de uma nobre família francesa que se exilou na Inglaterra antes da Revolução Francesa - por isso as duas cidades do título, Londres e Paris. O enredo é muito bem desenvolvido pela maneira realista e sentimental que Dickens costuma empregar em seus livros. Sem tomar posicionamento político, Dickens descreve a sociedade francesa e inglesa daquela época e o impacto que a Revolução promoveu em todas as camadas sociais: o aristocrata, o burguês, o camponês, o malandro, o vagabundo.
*imagem: wikipédia.
É TEMPO DE LER E RELER CHARLES DICKENS
sexta-feira, 25 de junho de 2010
OS BRITANICOS TAMBÉM TEM SEUS NOVOS ESCRITORES
OS BRITANICOS TAMBÉM TEM SEUS NOVOS ESCRITORES
quarta-feira, 23 de junho de 2010
A LITERATURA NA SALA DE AULA COM AJUDA DA INTERNET
Eu já falei sobre dos problemas que enxergo nessa moda de usar vídeos na internet para divulgar livros. Mas como dizer alguma coisa quando esses vídeos servem para os professores estimularem seus alunos a lerem mais? É exatamente isso que o pessoal do LivroClip está fazendo: usando "a internet para levar os livros à sala de aula, na forma de animações, dicas de uso e fórum de debates". No site é possível encontrar uma animação sobre um determinado livro e ainda ler um pouco da biografia do autor e trechos do livro selecionado. As animações resumem bem o enredo das obras sem revelar muita coisa. E de fato causa em quem assiste uma imensa vontade de ler. Veja por exemplo o vídeo sobre A metamorfose, de Franz Kafka. A linguagem é bem simples, mas a comunicação é imediata. E quem sabe assim não acabam com aquele ideia que os alunos tem de que a literatura é chata?
Acima o vídeo de Dom Casmurro, de Machado de Assis - retirado do site LivroClip.
A LITERATURA NA SALA DE AULA COM AJUDA DA INTERNET
domingo, 20 de junho de 2010
VÍDEO DE JENNY OFFILL PARA A ELECTRIC LITERATURE
VÍDEO DE JENNY OFFILL PARA A ELECTRIC LITERATURE
FUTEBOL COMBINA COM LITERATURA NA ÁFRICA DO SUL
Em época de Copa do Mundo, as atenções ficam todas voltadas para os televisores e as transmissões dos jogos. Tudo em Tvs de alta definição, tecnologia 3D, etc. Com as partidas encerradas é hora de se dedicar a leitura - coisa que apreciamos bastante. E o que nos reserva a literatura da África do Sul, país sede do mundial de futebol? Eu não tenho notícias sobre a produção literária mais recente deles. Mas, conheço dois nomes importantes da literatura mundial que nasceram naquele país: Nadine Gordimer e J. M. Coetzee. Ambos são ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura - Nadine Gordimer em 1991 e J. M. Coetzee em 2003.
Diferente do espetáculo proporcionado pelo futebol mundial, a literatura de ambos aponta para os problemas sociais vividos pela África do Sul desde a época do apartheid. Sem muito panfletarismo, a obra dos dois rompe a fronteiras da África e acaba revelando questões enfretadas pelo homem universalmente. Melhor ainda é saber que a literatura deles fica melhor a cada nova obra. Coetzee, por exemplo, acaba de lançar um novo romance bastante elogiado pela critica. Tanto um quanto outro também se tornaram referência para os novos escritores.
Muitos romances de Gordimer e Coetzee já ganharam tradução para português.
* imagem: http://nobelprize.org
FUTEBOL COMBINA COM LITERATURA NA ÁFRICA DO SUL
sexta-feira, 18 de junho de 2010
JOSÉ SARAMAGO: TAMBÉM MORREM OS ESCRITORES
Hoje de manhã eu estava lendo uma novela escrita por Dostoiévski e não sei porque razão pensei em José Saramago. Quer dizer, acho que sei. Foi por conta de uma conversa que tive com alguém sobre o fato dos romances de Saramago não terem pontuação. Eu disse, na ocasião, que achava que a escrita dele não tinha pontuação para privilegiar o fluxo de consciência e a polifonia das vozes que narram a história que estamos lendo. Foi uma coisa que me ocorreu naquele momento. Lendo Dostoiévski pensei rapidamente nisso: fluxo de consciência, polifonia, vozes narrativas, etc. De alguma maneira o que estava em um, estava no outro.
Cerca de meia hora depois recebi um telefonema de um amigo. Ele me disse "você ficou sabendo que o Saramago morreu". Fiquei muito surpreso na hora porque sabia que a saúde de Saramagamo estava frágil. Mas morrer? Nunca pensei. Me senti como no romance A hora da estrela, de Clarice Lispector. No final, o narrador Rodrigo SM, diz assim: "Meu deus, só agora me lembrei que a gente morre (...)". E se naquela hora me dei conta de que também os escritores morrem.
Não preciso dizer da importância de Saramago para a literatura. O fato de ter recebido um prêmio Nobel já diz muita coisa por si. Aliás, quando ele recebeu o prêmio Nobel disse que se sentiu a pessoa mais sozinha do mundo. Ele estava num aeroporto, se preparando para alguma viagem. E no corredor, solitariamente, ele não pode compartilhar ou comemorar sua alegria. Agora, somos nós que estamos sozinhos, solitários.
*imagem: reprodução da Fundação José Saramago
JOSÉ SARAMAGO: TAMBÉM MORREM OS ESCRITORES
quarta-feira, 16 de junho de 2010
WORLDHUM ELEGE O MELHOR DA LITERATURA DE VIAGEM
O motivo não pode ser outro: Paul Theroux é um exímio escritor de literatura de viagens. Segundo a crítica ele reinventou o conceito de "livro de viagem" porque transformou sua própria experiência como viajante do mundo em livro. Seus romances de ficção também estão carregados desse mesmo ar. E existe alguém melhor para contar histórias do que os viajantes? Não deixo de me lembrar do ensaio "O narrador", de Walter Benjamin.
A lista ainda tem nomes como: Ernest Hemingway, Tom Wolfe, George Orwell, Mark Twain, John Steinbeck, Truman Capote, D.H. Lawrence, Paul Bowles e Ernesto “Che” Guevara.
WORLDHUM ELEGE O MELHOR DA LITERATURA DE VIAGEM
terça-feira, 15 de junho de 2010
O FUTURO DAS REVISTAS LITERÁRIAS: ELECTRIC LITERATURE
O FUTURO DAS REVISTAS LITERÁRIAS: ELECTRIC LITERATURE
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A FALTA DE COBERTURA DA IMPRENSA QUANDO OS LIVROS SÃO A NOTÍCIA
A FALTA DE COBERTURA DA IMPRENSA QUANDO OS LIVROS SÃO A NOTÍCIA
quinta-feira, 10 de junho de 2010
#CLUBE2666: LENDO ROBERTO BOLAÑO NO TWITTER
#CLUBE2666: LENDO ROBERTO BOLAÑO NO TWITTER
segunda-feira, 7 de junho de 2010
ALGUNS ESCRITORES SELECIONADOS PELA NEW YORKER EM PORTUGUÊS
Meio Sol Amarelo
Chimamanda Ngozi Adichie
Ed. Companhia das Letras
E Nos Chegamos Ao Fim
Joshua Ferris
Ed. Nova Fronteira
Extremamente Alto & Incrivelmente Perto / Tudo Se Ilumina
Jonathan Safran Foer
Ambos pela Ed. Rocco
A História Do Amor
Nicole Krauss
Ed. Companhia das Letras
Radio Cidade Perdida
Daniel Alarcón
Ed. Rocco
Os Excluidos
Li Yiyun
Ed. Nova Fronteira
As Belas Coisas, Que E Do Ceu Conte-Las
Dinaw Mengestu
Ed. Nova Fronteira
Absurdistão
Gary Shteyngart
Ed. Rocco
O Picaro Russo
Gary Shteyngart
Ed. Geração Editorial
ALGUNS ESCRITORES SELECIONADOS PELA NEW YORKER EM PORTUGUÊS
domingo, 6 de junho de 2010
O MUNDO INTEIRO PODE LER O MESMO LIVRO AO MESMO TEMPO: 1 BOOK, 1 TWITTER
O MUNDO INTEIRO PODE LER O MESMO LIVRO AO MESMO TEMPO: 1 BOOK, 1 TWITTER
sexta-feira, 4 de junho de 2010
QUEM SÃO OS 20 JOVENS ESCRITORES MAIS IMPORTANTES DO MOMENTO
QUEM SÃO OS 20 JOVENS ESCRITORES MAIS IMPORTANTES DO MOMENTO
A THE PARIS REVIEW TEM UM BLOG
A THE PARIS REVIEW TEM UM BLOG
quarta-feira, 2 de junho de 2010
PATRÍCIA MELO NA FLIP E COM ROMANCE INÉDITO
PATRÍCIA MELO NA FLIP E COM ROMANCE INÉDITO