Evidentemente, a nossa literatura já esta estabelecida na internet faz tempo (espalhada pelos blogs e redes sociais). Também existem muitos fanzines, jornais e revistas literárias com versões totalmente feitas para a rede mundial - é o caso do fanzine que edito, por exemplo. Mas, pensando especificamente na Lado7, o negócio tende a ir aos seus limites.
De acordo com a editora, o número #1 da revista tem:
"poemas visuais de Alexandre Dacosta, contos de André Sant’Anna, Carlos Henrique Schoroder, Raïssa de Góes e Sonia Coutinho, poemas de Afonso Henriques Neto, Ana Guadalupe, Charles Peixoto, Ismar Tirelli Neto, Marília Garcia, Victor Heringer e Walt Whitman, dramaturgia de Valère Novarina e Paloma Vidal, quadrinhos de Pedro Franz, ensaio de Sérgio Bruno Martins e arte de Maria Laet".A tarefa é ambiciosa, deve demandar muito trabalho, mas não deixa de causar entusiasmo. Afinal, está mais do que na hora da nossa literatura experimentar esses novos formatos. Experiência a 7Letras tem de sobra com anos de publicação da revista Ficções - inteiramente dedicada à prosa de ficção. Resta só acertar a mão com os novos meios e não perder o foco com o deslumbramento tecnológico.
A inspiração deve ter vindo da revista norte-americana, Electric Literature - postei alguns vídeos aqui e também comentei aqui. Os editores Andy Hunter e Scott Lindenbaum investem em boas histórias de ficção e vídeos bem criativos. Depois de pronta, a revista ganha distribuição impressa e digital em diversos meios: iPad, iPhone, Kindle, e-readers, celulares etc. Não sei o quanto funciona em termos lucrativos, mas a revista tem bastante prestígio, reconhecimento da crítica e ganhou alguns prêmios.
Tomara que a revista Lado7 floresça e renda bons frutos.
*imagem: reprodução / video: Electric Literature.
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