sábado, 21 de agosto de 2010

RAY BRADBURY FAZ 90 ANOS

Amanhã, Ray Bradbury completará 90 anos. Em Los Angeles uma série de eventos especiais foram preparados para celebrar o aniversário de um dos seus moradores mais ilustres.

Se dependesse dos livros de Bradbury, a humanidade já estaria interagindo com os habitantes de Marte e fazendo diversas expedições espaciais para ocupar o planeta vermelho. Ou então, viveríamos numa sociedade autoritária em que os livros seriam proibidos e queimados. Certamente estamos bem distantes desse futuro: Marte nunca recebeu a visita de um humano e nós publicamos cada vez mais livros.

Evidentemente Bradbury não estava escrevendo previsões proféticas sobre o futuro. A ficção serviu como um caminho para que ele pudesse tratar de questões urgentes que o mundo enfrentava em função da Guerra Fria. Graças ao seu talento para compor essas histórias, ele se tornou um escritor renomado e dos maiores do gênero ficção científica.

Talvez o seu grande diferencial tenha sido fugir dos clichês futuristas e construir personagens com complexidades peculiares. Em suas histórias não existem apenas foguetes, discos voadores, máquinas inteligentes, monstros horripilantes, etc. Pelo contrário: há marcianos que sonham com a chegada dos humanos, pessoas que questionam seus próprios dogmas, jovens que enfrentam seus medos pessoais e muitos outros conflitos humanos.

Em entrevistas, Bradbury diz que escreve sobre tudo o que o supreende. Se algo o interessa e ele tem uma ideia, senta e escreve. Aliás, seu conselho para os jovens escritores é escrever ao menos um conto por semana. Ele mesmo dá o exemplo e nunca não deixa de escrever. Estimam que Bradbury tenha uma coleção com mais de 3.000 textos. Seu ritmo só diminuiu por causa de um infarto que sofreu 8 anos atrás.

Seus três livros mais importantes já foram publicados no Brasil: As crônicas marcianas (com tradução de Ana Ban), Fahrenheit 451 (com tradução de Cid Knipel) e Algo sinistro vem por aí. Há outros livros interessantes como Uma estranha família e a coletânea de contos A cidade inteira dorme. Fahrenheit 451 ganhou uma versão para o cinema bastante fiel ao livro nas mão de François Truffaut.

*imagem: reprodução do Los Angeles Times.

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