Menino de engenho, o primeiro romance escrito por José Lins do Rego chegou a sua 100ª edição. Para comemorar, a editora José Olympio (um selo do Grupo Editoral Record) está lançando uma edição caprichada com novo projeto gráfico e as famosas ilustrações feitas por Santa Rosa - um verdadeiro tesouro esquecido que merecia reaparecer nessa ocasião tão especial. A edição ainda conta com textos críticos de importância histórica, glossário, biografia do autor e outras tantas coisas.
O romance Fogo morto também está acompanhando essa repaginação da obra de Zé Lins. Além das ilustrações de Santa Rosa, essa nova edição tem textos críticos de Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade e Benjamin Abdala Júnior.
O lançamento simultâneo dos dois livros nos dá a oportunidade de acompanhar a obra de José Lins do Rego em perspectiva histórica. O primeiro livro carrega a marca de um escritor estreante, enquanto o segundo é a obra-prima de um escritor maduro. Independente da denúncia social muito associada aos romances regionalistas do nosso modernismo, esses dois livros tratam de personagens com sentimentos universais. De maneira bastante humana elas sentem medo, alegria, angústia e incerteza diante da vida. Isso sem mencionar a qualidade da escrita criada por Zé Lins e suas artimanhas narrativas.
Tomara que o gesto da José Olympio surta o efeito desejado e traga de volta a evidência necessária a obra de José Lins do Rego.
*imagem: divulgação.
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