Vladimir Nabokov levou muito tempo escrevendo seu romance mais conhecido - Lolita. Depois de pronto, ele ainda teve de esperar dois anos até que finalmente conseguiu publicá-lo. O romance saiu primeiro na França pela Olympia Press, uma pequena editora famosa por publicar livros polêmicos. A publicação nos Estados Unidos só aconteceu em 1958 depois que Graham Greene concedeu uma entrevista elogiando bastante o livro. Segundo consta, Lolita vendeu 100 mil exemplares nas primeiras três semanas de lançamento.Uma série de problemas tiveram origem com esse sucesso repentino. O romance foi caçado e retirado de circulação em alguns países. Muitos viram no livro indícios comunistas - basta lembrar que nesse período o mundo vivia a Guerra Fria e Nabokov é de origem russa. Outros acharam que o livro atacava a moral e os bons costumes das famílias tradicionais. Isso sem mencionar os que tentavam achar correspondências entre a vida do autor e a obra.
Tamanho escândalo somente com Madame Bovary, de Flaubert ou com As flores do mal, de Baudelaire. Talvez alguns romances do beatnicks. Mas mundialmente falando, acho difícil superarem o caso de Lolita.
Para surpresa geral, encontrei uma resenha brilhante sobre Lolita. Foi escrita pelo crítico Wilson Martins para o antigo Suplemento Literário, do Estadão. Também localizei um site que organizou as capas das diversas edições de Lolita publicadas pelo mundo inteiro. Faltou apenas a capa da edição lançada pela coleção Biblioteca da Folha, em 2003 - por isso coloquei a capa no post.
*imagem: divulgação.

Na verdade, a capa consta da listagem, na edição italiana da coleção.
ResponderExcluirE não é que é verdade!
ResponderExcluirObrigado pelo toque Gianni, acho que fui pego pela cor. :)