... e arque com as consequências!
A edição deste mês da hiperconectada revista WIRED foi toda pensada em torno do tema "#RIOT" (ou 'motim', em bom português). Aparte toda a mobilização da revista em demonstrar que as redes sociais alimentam as "revoltas" sociais, há uma pequena página perdida dedicada a literatura. Não fala diretamente da relação entre a literatura e as rebeliões, mas dispara uma lista com cinco livros que foram escritos em pouquíssimo tempo e que causaram certo reboliço quando foram lançados. A lista recebe o simpático nome de "Speedy Scribes: The Price 5 Writers Paid for Flash Fiction" (algo como "Escribas velozes: o preço que 5 escritores pagaram pela ficção relâmpago") - em inglês, disponível para acesso.
Encabeçando a lista está Laranja mecânica, de Anthony Burgess. O livro consumiu apenas três semanas de trabalho e quando foi lançado deu uma tremenda dor de cabeça ao autor porque ele queria repudiar essa história, de acordo com a revista. Imagino que a adaptação para o cinema deve ter contribuído bastante para isso. Depois vem On the road - pé na estrada, de Jack Kerouac. Diz a lenda mais famosa que o livro foi escrito em 20 dias ininterruptos num único rolo de papel de 120 metros. A história não é falsa, mas já disseram Kerouac teria consumido todo o tipo de droga para se manter acordado quando na verdade ele bebeu apenas café. A lista segue com O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson (escrito em menos de uma semana depois de um pesadelo) e Sangue na neve, de Georges Simenon (escrito em quase duas semanas). O último livro é Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Segundo conta a revista, Bradbury morava numa casinha com duas crianças barulhentas. Para resolver o problema ele alugou uma máquina de escrever na biblioteca da Universidade da Califórnia por 10 centavos a hora. Resultado: ele escreveu o livro em nove dias.
A edição deste mês da hiperconectada revista WIRED foi toda pensada em torno do tema "#RIOT" (ou 'motim', em bom português). Aparte toda a mobilização da revista em demonstrar que as redes sociais alimentam as "revoltas" sociais, há uma pequena página perdida dedicada a literatura. Não fala diretamente da relação entre a literatura e as rebeliões, mas dispara uma lista com cinco livros que foram escritos em pouquíssimo tempo e que causaram certo reboliço quando foram lançados. A lista recebe o simpático nome de "Speedy Scribes: The Price 5 Writers Paid for Flash Fiction" (algo como "Escribas velozes: o preço que 5 escritores pagaram pela ficção relâmpago") - em inglês, disponível para acesso.
Encabeçando a lista está Laranja mecânica, de Anthony Burgess. O livro consumiu apenas três semanas de trabalho e quando foi lançado deu uma tremenda dor de cabeça ao autor porque ele queria repudiar essa história, de acordo com a revista. Imagino que a adaptação para o cinema deve ter contribuído bastante para isso. Depois vem On the road - pé na estrada, de Jack Kerouac. Diz a lenda mais famosa que o livro foi escrito em 20 dias ininterruptos num único rolo de papel de 120 metros. A história não é falsa, mas já disseram Kerouac teria consumido todo o tipo de droga para se manter acordado quando na verdade ele bebeu apenas café. A lista segue com O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson (escrito em menos de uma semana depois de um pesadelo) e Sangue na neve, de Georges Simenon (escrito em quase duas semanas). O último livro é Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Segundo conta a revista, Bradbury morava numa casinha com duas crianças barulhentas. Para resolver o problema ele alugou uma máquina de escrever na biblioteca da Universidade da Califórnia por 10 centavos a hora. Resultado: ele escreveu o livro em nove dias.
Depois de ler essas histórias a gente não pode mais acreditar naqueles escritores que dizem que escrever é lento, trabalhoso, difícil e até dolorido. Brincadeira! O trabalho pode ser rápido, mas as consequências podem ser complicadas.
*Imagem: reprodução das capas dos livros que aparecem na Wired em versão nacional.
Valeu pela dica.
ResponderExcluirMas, ei, quanto rolo pra algo escrito em tão pouco tempo, né? Só li o Bradbury e o Burgess, mas acho que ficava feliz por ter escrito um desses dois livros em ritmo horrorshow de escrita.
Cada um tem seu tempo, não é mesmo? Mas é de se admirar que esses livros tenham consumido tão pouco o tempo de seus escritores...
ResponderExcluirTuca, os dois livros são de fato fantásticos. Para Burgess deve ter sido uma maneira de espantar os fantasmas. Penso agora que ele não queria que o livro fosse cultuado, mas que deixasse as pessoas espantadas e com vontade de pensar sobre a violência e as suas consequências. Para ele as pessoas entenderam tudo errado - estou fantasiando. Quanto ao Bradbury foi um problema de crítica. Super recomendo On the road e O médico e o monstro.
ResponderExcluirMaíra, pode parecer espantoso, mas tem gente que consegue escrever tudo de uma vez só!
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