quinta-feira, 28 de junho de 2012

BLOG MENTE ABERTA

Fui convidado para escrever semanalmente no blog MENTE ABERTA, da revista ÉPOCA. Meus textos vão aparecer toda quinta-feira. Na estréia falo um pouco mais sobre o chileno Alejandro Zambra e seu pequeno grande livro, "Bonsai".

O texto na íntegra está nesse link.


*Imagem: reprodução do site.

Share/Save/Bookmark

quarta-feira, 27 de junho de 2012

GRANTA - OS MELHORES JOVENS ESCRITORES BRASILEIROS

A revista Granta (versão inglesa) postou a imagem acima que pode ser a provável capa da edição brasileira para os melhores jovens escritores daqui. Não confirmei a informação, portanto me perdoem se meu palpite estiver errado. Será?

***ATUALIZAÇÃO: A editora Alfaguara (Brasil) confirmou a capa da versão nacional da Granta com os jovens escritores brasileiros. Será o mesmo desenho da edição inglesa, pois os números terão lançamento quase simultâneo.

Essa semana postei a capa na versão gringa e agora aproveito para corrigir. A imagem acima é da versão nacional.

Segundo a Alfaguara, Michael Salu, diretor de arte da Granta inglesa, buscou inspiração no calçadão de Copacabana e o encontro dos rios Negro e Solimões.

*Imagem: reprodução.

Share/Save/Bookmark

terça-feira, 26 de junho de 2012

JONATHAN FRANZEN E GARY SHTEYNGART NA SERAFINA

Não sei se todo mundo já sabe, mas Jonathan Franzen estampou a capa da última edição da revista Serafina - que circula junto com a Folha de SP. A reportagem é bacana: tem quatro páginas com as caras e bocas do Franzen, um certo ressentimento com Madonna, os escritores que o influenciaram, o caso Oprah Winfrey, trechos de As correções e Liberdade e uma arte com pássaros que ele quer ver no Brasil - depois da FLIP, Franzen segue numa viagem de um pouco mais de uma semana para observar pássaros no Pantanal e na Bahia. Finalizando tem um comentário de Patrícia Campos Mello sobre a obra do escritor.

A reportagem, sem as "artes" e fotos, está disponível aqui.

***

Uma coisa me deixou curioso nisso tudo. Num certo momento, Franzen confessa seu vício por seriados de TV, comenta que o gênero televisivo acabou virando um primo dos romances (no melhor estilo folhetim) e fala da adaptação de As correções para uma minissérie do canal HBO. A notícia circula nos jornais desde o ano passado. A série teria Chris Cooper, Dianne Wiest, Ewan McGregor, Maggie Gyllenhaal e Bruce Norris nos papéis principais, o próprio Franzen como roteirista e Noah Baumbach como diretor. No entanto, em maio desse ano a HBO anunciou que iria desistir da adaptação por causa da complexidade narrativa do romance. Funciona nas páginas do livro, mas não funciona na TV.

(A notícia apareceu primeiro no Deadline Hollywood e também vi no Omelete).

A reportagem da Serafina diz que o seriado está programado para 2014. Será que ainda existe uma chance - alguém confirma?

***

A revista também tem uma entrevista com Gary Shteyngart, outro escritor convidado da FLIP. O morador do Gramercy Park, bairro caro e super cobiçado de Nova York, conta que está trabalhando num livro novo, "sobre a vida como imigrante nos EUA", e para o trailer promocional sonha em se "vestir de bebê e ter Isabella Rossellini, como minha mãe, cantando uma canção de ninar". Ele já teve James Franco e Paul Giamatti no trailer de Uma história de amor real e supertriste - ganhou até um prêmio por isso.

(Falei sobre os tais vídeos e sobre Uma história de amor real... que comecei a ler nessa semana e estou nas primeiras páginas - para saber mais, clica nos links. Tem até um trecho do livro.)

*Imagem: reprodução da capa da Serafina.
Share/Save/Bookmark

segunda-feira, 25 de junho de 2012

AS PRIMEIROS LINHAS DE SERENA, DE IAN MCEWAN

"Meu nome é Serena Frome (a pronúncia é Frum) e há quase quarenta anos fui enviada numa missão secreta do Serviço de Segurança britânico. Eu não voltei em segurança. Um ano e meio depois de entrar fui despedida, depois de ter caído em desgraça e acabado com a vida do meu namorado, embora ele certamente tenha tido um pouco a ver com a sua própria queda.

Não vou perder muito tempo com a minha infância e a minha adolescência. Sou filha de um bispo anglicano e cresci com uma irmã numa catedral de uma cidadezinha linda no leste da Inglaterra. A minha casa era simpática, lustrosa, organizada, cheia de livros. Os meus pais gostavam bastantinho um do outro e me adoravam, e eu a eles. A minha irmã Lucy e eu tínhamos um ano e meio de diferença e, apesar de nós termos passado a adolescência brigando e gritando uma com a outra, isso não deixou grandes cicatrizes e nós ficamos mais próximas na vida adulta. A fé do nosso pai em Deus era uma coisa acomodada e razoável, não se metia muito na nossa vida e foi apenas o suficiente para ele conseguir subir tranquilamente na hierarquia da Igreja e nos instalar numa confortável casa do período da rainha Anne. A casa dava para um jardim cercado por muralhas de plantas que eram, e ainda são, muito bem conhecidas por quem entende de jardinagem. Então, tudo muito estável, invejável, até idílico. Nós crescemos dentro de um jardim murado, com todos os prazeres e limitações que isso implica.

A segunda metade da década de 1960 mitigou o nosso modo de vida mas não acabou com ele. Eu nunca perdi um só dia de aula na escola local a não ser que estivesse doente. No fim da minha adolescência os muros do jardim viram alguma bolinação, como as pessoas diziam na época, umas tentativas com cigarros, álcool e um pouco de erva, discos de rock, cores mais vivas e relações mais quentes de um modo geral. Com dezessete anos eu e as minhas amigas éramos tímida e encantadamente rebeldes, mas fazíamos a lição de casa, decorávamos e vomitávamos os verbos irregulares, as equações, as motivações de personagens de ficção. Nós gostávamos de nos ver como meninas travessas, mas na verdade éramos bem boazinhas. Aquilo era agradável, aquela empolgação toda que estava no ar em 1969. Era algo inseparável da expectativa de que logo chegaria a hora de sair de casa e ir estudar em outro lugar. Nada de estranho ou terrível aconteceu comigo durante os meus primeiros dezoito anos e é por isso que eu vou pular esse período."


Assim começo um dos livros mais aguardados pelo mundo todo (sem nenhum exagero) é Serena, de Ian McEwan. Como adiantei na semana passada, o romance terá lançamento mundial em primeira mão no Brasil pela Companhia das Letras e chegará às livrarias estrageiras somente no final de agosto. Os livros de McEwan lhe renderam vários prêmios importantes e aclamação da crítica mundial - sobretudo depois de Reparação, eleito um dos melhores romances da primeira década do século 21.

O livro conta a história de Serena, uma leitora compulsiva de romances cuja missão designada pelo MI5 (Serviço Secreto Britânico) é se infiltrar no círculo literário de um jovem e promissor escritor chamado Tom Haley a fim de financiar a criação de um romance.

Um trecho um pouco maior está disponível aqui.

***

Em tempo, a Companhia das Letras também está lançando Amsterdam - romance que rendeu a Ian McEwan o prêmio Man Booker Prize, em 1998. A tradução foi feita por Jorio Dauster e a capa é do pessoal do Máquina Estúdio. O livro conta a história de dois amigos que estão no momento mais importante de suas vidas quando uma ex-amante de ambos morre depois de muito sofrer. Assim, um pacto sinistro será selado entre os dois.

Um trecho de Amsterdam está disponível aqui.

***

Para finalizar, a Companhia das Letras preparou um aperitivo para quem vai à FLIP e deseja conhecer um pouco mais sobre os autores convidados. Trata-se de um ebook distribuído gratuitamente em formato epub com trechos de livros dos escritos que fazem parte do time da editora. Para baixá-lo basta clicar aqui.

*Imagem: divulgação.
Share/Save/Bookmark

quarta-feira, 20 de junho de 2012

COMO FINGIR QUE VOCÊ LEU JAMES JOYCE

Se estivesse vivo, James Joyce,um dos escritores mais enaltecidos e influentes do século 20, teria completado em fevereiro 130 anos. Joyce é um daqueles autores que causam culpa. Você sabe que você deveria ter lido pelo menos uma de suas obras importantes, mas as coisas – a vida, os romancistas contemporâneos, a dificuldade de sua prosa – vão ficando no caminho. Então você deixa de lado e sempre que seu nome reaparece você tem de admitir que nunca leu ou apenas acena com a cabeça tendo um olhar vidrado na cara esperando que ninguém questione você. Entendemos como você se sente e para ajudá-lo num dia certamente preenchido com conversas nos cafés centradas em Joyce (imaginamos), reunimos um guia prático para fingir que você leu grandes obras do autor. Leia até ficar escolado e prepare-se para arrasar no seu próximo evento literário.



Dublinenses (1914)

O que você precisa saber: primeira livro em prosa publicado por Joyce. É uma coleção de 15 contos que retrata a vida da classe média irlandesa em Dublin, no início do século 20. As histórias são todas muito naturalistas, as cenas habilmente descritas, com muita atenção dada à geografia da cidade. As histórias são dispostos em uma trajetória solta que vão dos contos sobre a infância aos contos sobre a juventude, culminando na mais famosa história de Joyce, Os mortos.

O que falar: você sempre pode falar sobre o amor de Joyce pela epifania como artifício literário – em cada uma dessas histórias, as personagens são construídas para um supremo, mas muitas vezes doloroso momento de compreensão ou consciência que muda a forma como elas vêem a si mesmas ou seu mundo. Por exemplo, em Os mortos, quando Gretta ouve a música que a leva a uma saudade de seu amor de infância, Michael Furey. Sua pequena epifania desencadeia uma epifania ainda maior em seu marido, Gabriel. Ele basicamente se senta e pensa na sua esposa, na morte, no amor, nele mesmo, no isolamento e toda sorte de coisas pelo restante da história. Depois, você pode fazer a transição compartilhando algumas de suas próprias epifanias pessoais com os seus impressionados parceiros de conversa, que provavelmente vão fazer a mesma coisa.

Retrato do artista quando jovem (1916)

O que você precisa saber: Retrato do artista quando jovem é um romance semi-autobiográfico que exemplifica um “Künstlerroman” – isto é, uma história sobre o crescimento de um artista à maturidade. Tem Stephen Dedalus, que vai surgir mais tarde, em Ulysses, como um substituto tanto para Joyce quanto para o artesão mais astuto da mitologia grega, Dédalo, quando ele começa a se rebelar contra o país e a religião que sempre conheceu e, finalmente, parte para prosseguir a sua vida como artista. De longe, o "mais fácil" dos romances de Joyce, a complexidade da linguagem aumenta à medida que Dedalus cresce, mas nunca se torna tão selvagem quanto a maneira como Joyce vai adentrar em obras futuras.

O que falar: esse romance é famoso pela seu uso de fluxo de consciência, que permite ao leitor experimentar a maturação da mente de Dedalus, juntamente com o personagem, que é algo que você pode falar enquanto assente balançando a cabeça apreciativamente. Você também pode usar o texto como um ponto de partida para falar se os artistas são mais suscetíveis a serem figuras solitárias ou comunitários – no final do livro, Dedalus entra em reclusão para trabalhar com sua arte, virando as costas para tudo o que sabe, mas em alguns aspectos o faz a fim de promover a própria voz e consciência do mundo que ele está deixando. Discuta!


Ulysses (1922)

O que você precisa saber: este é o maior – afinal, ninguém realmente espera que você tenha lido Finnegans Wake. Baseado na Odisséia, de Homero, este romance é a figura chave do movimento modernista e uma meditação em constante mudança sobre a consciência humana. Nele, Joyce usa quase todas as técnicas literárias de seu arsenal – fluxo de consciência, prosa experimental, gemidos dignos de trocadilhos – relacionados a uma narrativa relativamente simples: dois homens, o publicitário judeu Leopold Bloom e o aspirante a escritor Stephen Dedalus (que nós já conhecemos antes), vagando em Dublin por um dia (16 de junho de 1904, para ser mais preciso), participando de várias atividades mundanas. O romance tem 18 capítulos, cada um relacionado a uma hora do dia, começando por volta de 8:00 e terminando após duas horas da manhã seguinte e cada capítulo tem um estilo literário diferente.

O que falar: Joyce uma vez disse que esse romance iria alcançar a imortalidade, porque ele tinha colocado "tantos enigmas e quebra-cabeças que o livro manterá os professores ocupados durante séculos discutindo sobre o que eu quis dizer", por isso, se você for rápido com os pés você pode pular fora e ver o que os outros livros tem. Se não, todo mundo adora uma boa piada sobre masturbação e a cena de masturbação em Ulysses é um excepcionalmente eloquente - Bloom observa Gerty McDowell fazendo poses sensuais na praia (o que pode ou não ser parcialmente sua imaginação) e seu clímax ecoa em literais fogos de artifício. Há muito "O!". Você também pode expressar o seu entusiasmo em relação ao próximo Bloomsday (só porque tira a atenção real do romance que você está discutindo). Acontece todo 16 de junho. Como no romance, entendeu?


Finnegans Wake / Finnicius Revem (1939)

O que você precisa saber: este texto notoriamente obscuro e difícil é uma confusão de sonho, a contrapartida noturna para o dia de Ulysses. Joyce chamou o trabalho, seu último antes de morrer, de um "experimento de interpretação ‘da noite escura da alma’", e ele é preenchido com estrutura e linguagem altamente experimental. Incluindo as palavras que apenas soam como as palavras que ele quer dizer, absurdos e trocadilhos multilíngues.

O que falar: é difícil falar desse livro até mesmo para as pessoas que realmente o leram. Dito isto, você não precisa ter lido muito para ser capaz de dizer alguma coisa – uma vez que o livro é cíclico, começando no meio de uma frase e terminando no meio da mesma frase. Você pode mergulhar nele e sair sem realmente perder muito. Não há uma coerência real no enredo e as coisas vão em forma de sonho meio-compreendidas, por isso sugerimos abrir o livro aleatoriamente e escolher uma frase favorita para memorizar e repetir – nós gostamos desta: “But all they are all there scraping along to sneeze out a likelihood that will solve and salve life’s robulous rebus…” Confie, todo mundo vai ficar impressionado.

Este texto foi publicada originalmente no blog Flavorwire em 2 de fevereiro de 2012. Reprodução e tradução para o português com permissão do blog.

*Imagem: divulgação.
Share/Save/Bookmark

terça-feira, 19 de junho de 2012

IAN MCEWAN SERENÍSSIMO

Um certo burburinho envolvendo o novo romance de Ian McEwan está circulando na imprensa estrangeira. Por enquanto somente os jornalistas gringos puderam ler Serena na íntegra. Para quem ainda não sabe, o romance terá lançamento mundial em primeira mão no Brasil pela Companhia das Letras - com tradução de Caetano Galindo e capa do Máquina Estúdio. Inclusive, McEwan vem ao Brasil no mês que vem para lançar o livro e participar da FLIP.

Não é a primeira vez que romances estrangeiros aparecem primeiro por aqui. Me lembro, por exemplo, de uma outra edição da FLIP com o lançamento de Luka e o fogo da vida, de Salman Rushdie.

O livro é sobre uma jovem estudante de Cambridge chamada Serena Frome, cuja beleza a inteligência fazem dela a recruta ideal do MI5, Serviço Secreto Britânico. A missão dela será adentrar o circulo literário de um jovem e promissor escritor chamado Tom Haley a fim de financiar a criação de um romance. Mas claro, Serena não pode contar que é espiã, nem que o dinheiro vem da Inteligência Britânica. Serena acaba se apaixonando por Tom e toda a trama se complica.


Evidentemente estou simplificando o enredo. Existem outros elementos importantes que estão em jogo - para citar um exemplo: o contexto histórico. O livro se passa no começo dos anos 70, em plena Guerra Fria, quando o MI5 estava interessado em manipular o cenário cultural da Inglaterra manipulando escritores e artistas.

Em maio, a revista New Yorker publicou um trecho do romance com o título de "Hand on the shoulder". McEwan foi entrevistado pela editora da revista e contou mais detalhes sobre a história - o áudio, em inglês, está disponível aqui. No começo do mês, McEwan também foi convidado pelo Hay Festival para falar sobre Serena (serviu como um preview do que vamos ver por aqui durante a FLIP). Trajando um blazer em tons claros, ele leu um trecho do romance enunciando perfeitamente todos os "sss" e "ppp", imprimiu um ritmo tenso, fez pausas dramáticas e suspenses cômicos (segundo o pessoal que testemunhou a leitura). Depois respondeu perguntas do mediador. Entre tantas coisas, ele expressou sua admiração pela literatura de Saul Bellow (que ao contrário do escritores britânicos, consegue passear sem nenhum problema por todas as classes sociais) e cravou a seguinte frase "todos os romances são romances de espionagem e todos os escritores são espiões" (se referindo ao fato de Serena ter classificado pela imprensa estrangeira como um romance de espionagem).

Sobre o significado do nome Serena para a protagonista do romance, McEwan contou a seguinte história: "minha esposa e eu fomos olhar uma casa em West Country e havia uma senhora muito simpática que nos fez chá, ela chamava Serena e pensei 'humm vou me lembrar disso'".

De olho em tudo isso, Serena deve chegar às livrarias na próxima semana - um pouquinho antes da FLIP. Assim você pode comprar sossegado, seguir viagem para Paraty com um exemplar nas mãos e quem sabe conseguir um autógrafo do próprio McEwan. Já os gringos terão de esperar até o final de agosto (Reino Unido e Canadá) e novembro (Estados Unidos) para começarem a ler.

Imagem: via hayfestival.com
Share/Save/Bookmark

terça-feira, 12 de junho de 2012

QUAL FOI A MELHOR EDIÇÃO DA FLIP ATÉ AGORA?

Ok. Talvez você esteja começando a ficar um pouco enjoado de ouvir falar tanto na FLIP. Prometo maneirar um pouco no assunto pelos próximos dias (cof!). Só que a FLIP está para esse blog (e outros tantos mais - incluindo jornais, revistas etc) assim como a Festa de São João está para o pessoal de Caruaru. Não tem jeito!

Em 2012 a FLIP vai comemorar dez anos desde a sua primeira edição. Ao longo desses anos a Festa tornou-se o maior e mais importante evento literário do país - na minha matemática de botequim não estou considerando a Bienal do Livro e similares. Para marcar uma data tão importante os organizadores vão lançar dois livros e um DVD. O livro Dez/Ten será ilustrado por Jeff Fisher e terá ensaios e ficção inéditos de Bernardo Carvalho, Milton Hatoum, Cristóvão Tezza, Beatriz Bracher, Reinaldo Moraes, Ian McEwan, Margaret Atwood, Nadine Gordimer, Julian Barnes e Colm Toibin. O outro livro Flip - Dez Anos será um livro reportagem assinado por Zuenir Ventura, Ángel Gurría-Quintana, Sergio Augusto e Humberto Wernec com fotos das edições anteriores. Já o DVD tem as mãos de Flavio Moura e Gustavo Moura trabalhando a partir da apresentação dos autores de todas as edições da Festa - vai chamar Uma palavra depois da outra: a arte da escrita.

Por isso, em meio a tantas comemorações especiais me permiti uma liberdade: uma enquete bem informal que vai durar exatamente uma semana para saber na sua opinião qual foi a melhor edição da FLIP. Não vou me espantar se a mais votada for a primeira edição, afinal a melhor Festa sempre é aquela que a gente não foi.

Listei abaixo todos os escritores convidados desde a primeira edição para você lembrar, caso tenha esquecido. O formulário de votação fica aqui do lado. Basta clicar na sua edição preferida, na edição que você foi, na edição que você não foi e gostaria de ter ido etc.

Aguardo seu voto!

**ATUALIZAÇÃO: somente 12 pessoas votaram na enquete e houve um empate - 4 votaram na edição de 2011 e 4 votaram na edição de 2012, os demais votaram em outras edições da Festa.

FLIP de 2003 até 2012

2012 - Homenagem: Carlos Drummond de Andrade
Adonis, Alcides Villaça, Alejandro Zambra, Alexandre Pimentel, Altair Martins, Amin Maalouf, André de Leones, Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Armando Freitas Filho, Carlito Azevedo, Carlos de Brito e Mello, Dany Laferrière, Dulce Maria Cardoso, Enrique Vila-Matas, Eucanaã Ferraz, Fabrício Carpinejar, Fernando Gabeira, Francisco Dantas, Gary Shteyngart, Hanif Kureishi, Ian McEwan, J.M.G. Le Clézio, Jackie Kay, James Shapiro, Javier Cercas, Jennifer Egan, João Anzanello Carrascoza, Jonathan Franzen, Juan Gabriel Vásquez, Luis Fernando Verissimo, Luiz Eduardo Soares, Paloma Vidal, Roberto DaMatta, Rubens Figueiredo, Silvia Castrillón, Silviano Santiago, Stephen Greenblatt, Suketu Mehta, Teju Cole, Zoé Valdés e Zuenir Ventura

2011 - Oswald de Andrade
Andrés Neuman, Antonio Candido, Carol Ann Duffy, Caryl Phillips, Claude Lanzmann, Contardo Calligaris, David Byrne, Edney Silvestre, Eduardo Sterzi, Eduardo Vasconcellos, Emmanuel Carrère, Enrique Krauze, Gonzalo Aguilar, Héctor Abad, Ignácio de Loyola Brandão, James Ellroy, João Cezar de Castro Rocha, João Ubaldo Ribeiro, Joe Sacco, John Freeman, José Celso Martinez Corrêa, José Miguel Wisnik, Kamila Shamsie, Laura Restrepo, Luiz Felipe Pondé, Marcelo Ferroni, Marcia Camargos, Michael Sledge, Miguel Nicolelis, Paulo Henriques Britto, Péter Esterházy, Pola Oloixarac, Teixeira Coelho e valter hugo mãe

2010 - Homenagem: Gilberto Freyre
Abraham B. Yehoshua, Alberto da Costa e Silva, Angela Alonso, Antonio Cicero, Azar Nafisi, Beatriz Bracher, Benjamin Moser, Berthold Zilly, Carola Saavedra, Chacal, Colum McCann, Edson Nery da Fonseca, Eucanaã Ferraz, Fernando H. Cardoso, Ferreira Gullar, Gilbert Shelton, Hermano Vianna, Isabel Allende, John Makinson, José de Souza Martins, Lionel Shriver, Luiz Felipe de Alencastro, Maria Lúcia P. Burke, Moacyr Scliar, Patrícia Melo, Pauline Melville, Peter Burke, Reinaldo Moraes, Ricardo Benzaquen, Robert Crumb, Robert Darnton, Ronaldo Correia de Brito, Salman Rushdie, Terry Eagleton, Wendy Guerra, William Boyd e William Kennedy

2009 - Manuel Bandeira
Alex Ross, Angélica Freitas, Anne Enright, António Lobo Antunes, Arnaldo Bloch, Atiq Rahimi, Bernardo Carvalho, Catherine Millet, Chico Buarque, Cristovão Tezza, Davi Arrigucci Jr., Domingos de Oliveira, Edna O’Brien, Edson Nery da Fonseca, Eucanaã Ferraz, Fábio Moon e Gabriel Bá, Gay Talese, Grégoire Bouillier, Heitor Ferraz, James Salter, Ma Jian, Mario Bellatin, Milton Hatoum, Rafael Coutinho, Rafael Grampá, Richard Dawkins, Rodrigo Lacerda, Sérgio Rodrigues, Simon Schama, Sophie Calle, Tatiana Salem Levy, Xinran e Zuenir Ventura

2008 - Homenagem: Machado de Assis
Adriana Lunardi, Alessandro Baricco, Ana Maria Machado, Carlos Lyra, Cees Nooteboom, Chimamanda Ngozi Adichie, Cíntia Moscovich, Contardo Calligaris, David Sedaris, Elisabeth Roudinesco, Emilio Fraia, Fernando Vallejo, Guilherme Fiuza, Humberto Werneck, Inês Pedrosa, Ingo Schulze, João Gilberto Noll, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Lucrecia Martel, Luiz Fernando Carvalho, Marcelo Coelho, Martín Kohan, Michel Laub, Misha Glenny, Modesto Carone, Nathan Englander, Neil Gaiman, Pepetela, Pierre Bayard, Richard Price, Roberto DaMatta, Roberto Schwarz, Rodrigo Naves, Sergio Paulo Rouanet, Tom Stoppard, Vanessa Barbara, Vitor Ramil, Xico Sá e Zoë Heller

2007 - Homenagem: Nelson Rodrigues
Ahdaf Soueif, Alan Pauls, Amós Oz, Ana Maria Gonçalves, Antônio Torres, Arnaldo Jabor, Augusto Boal, Barbara Heliodora, Bosco Brasil, Cecilia Giannetti, César Aira, Chacal, Dennis Lehane, Eduardo Tolentino, Fabrício Corsaletti, Fernando Morais, Guillermo Arriaga, Ignacio Padilla, Ishmael Beah, J. M. Coetzee, Jim Dodge, Kiran Desai, Lawrence Wright, Leyla Perrone-Moisés, Lobão, Luiz Felipe de Alencastro, Maria Rita Kehl, Mário Bortolotto, Mia Couto, Nadine Gordimer, Nuno Ramos, Paulo Cesar de Araújo, Paulo Lins, Robert Fisk, Rodrigo Fresán, Ruy Castro, Silviano Santiago, Veronica Stigger e Will Self

2006 - Homenagem: Jorge Amado
Adélia Prado, Alberto da Costa e Silva, Ali Smith, Alonso Cueto, André Laurentino, André Sant’anna, Astrid Cabral, Benjamin Zephaniah, Carlito Azevedo, Christopher Hitchens, David Toscana, Edmund White, Eduardo de Assis Duarte, Fernando Gabeira, Ferreira Gullar, Ignácio de Loyola Brandão, Jonathan Safran Foer, José Miguel Wisnik, Juliano Garcia Pessanha, Lillian Ross, Lourenço Mutarelli, Luiz Antonio de Assis Brasil, Marcos Siscar, Maria Valéria Rezende, Mário de Carvalho, Miguel Sanches Neto, Mourid Barghouti, Myriam Fraga, Nicole Krauss, Olivier Rolin, Ondjaki, Philip Gourevitch, Reinaldo Moraes, Tariq Ali, Toni Morrison, Uzodinma Iweala e Wilson Bueno

2005 - Homenagem: Clarice Lispector
Alberto Martins, Alberto Mussa, Anthony Bourdain, Antonio Carlos Viana, Ariano Suassuna, Arnaldo Jabor, Beatriz Bracher, Beatriz Sarlo, Benedito Nunes, Claudia Roquette-Pinto, Cristovão Tezza, David Grossman, Enrique Vila-Matas, Evaldo Cabral de Mello, Gonçalo M. Tavares, Isabel Lustosa, Jeanette Winterson, Jô Soares, João Fiho, Jon Lee Anderson, José Latour, José Luís Peixoto, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Luiz Eduardo Soares, Marcello Fois, Marina Colasanti, Michael Ondaatje, MV Bill, Orhan Pamuk, Paulo Henriques Britto, Pedro Rosa Mendes, Robert Alter, Roberto Schwarz, Ronaldo Correia de Brito, Salman Rushdie e Vilma Arêas

2004 - Homenagem: Guimarães Rosa
Adriana Lisboa, Angeli, Antonio Cicero, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Colm Tóibin, Daniel Galera, Davi Arrigucci Jr., Ferréz, Francisco Alvim, Geneviève Brisac, Ian McEwan, Isabel Fonseca, Jeffrey Eugenides, João Ubaldo Ribeiro, Joca Reiners Terron, Jonathan Coe, José de Souza Martins, José Eduardo Agualusa, José Miguel Wisnik, Lídia Jorge, Luiz Fernando Veríssimo, Luiz Vilela, Lygia Fagundes Telles, Marcelino Freire, Margaret Atwood, Martin Amis, Miguel Sousa Tavares, Moacyr Scliar, Pablo De Santis, Paul Auster, Pierre Michon, Raimundo Carrero, Rosa Montero, Sérgio Sant´anna, Siri Hustvedt e Ziraldo.

2003 - Homenagem: Vinícius de Moraes
Julian Barnes, Eric Hobsbawm, Hanif Kureishi, Zuenir Ventura, Adriana Falcão, Joaquim Ferreira dos Santos, Luiz Ruffato, Tabajara Ruas, Ferreira Gullar, Jurandir Freire Costa, Luis Fernando Veríssimo, Millôr Fernandes, Ruy Castro, Drauzio Varella, Ana Maria Machado, Milton Hatoum, Daniel Mason, Bernardo Carvalho, Marçal Aquino, Patricia Melo, Don DeLillo, Eduardo Bueno, Chico Mattoso, João Paulo Cuenca e Santiago Nazarian


*Imagem: reprodução do site da FLIP.

Share/Save/Bookmark

quarta-feira, 6 de junho de 2012

PALPITE SOBRE OS BRASILEIROS NA GRANTA

Desde segunda-feira a gente não fala de outra coisa que não seja: a FLIP e a lista dos melhores jovens autores brasileiros selecionados pela Granta (que por sua vez será anunciada oficialmente na FLIP). Para dizer a verdade, a lista da Granta está despertando discussões 'apaixonadas' desde o começo do ano.

De olho nisso, a Raquel Cozer organizou um bolão para todo mundo manifestar sua opinião e dizer o nome daqueles escritores que a gente acha que vão ganhar. O resultado do bolão já saiu e está completinho aqui.

Infelizmente, não fiz um palpite no bolão da Raquel. Guardei o link, fiquei pensando na vida e quando fui ver o prazo já tinha acabado e o bolão já estava no ar. Para não ficar de fora, faço minhas apostas por aqui. Afinal, palpite e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

***

Em 2010, quando esse blog tinha sido recém-criado, elaborei uma lista com 20 escritores brasileiros com menos de 40 anos. A ideia foi criar uma versão nacional tendo como base uma lista criada pela übber cool New Yorker. Depois de publicar a lista, fiz uma série de entrevistas com os escritores que apontei - na época ficaram de fora da série Altair Martins, Antonio Prata e Tatiana Salem Levy (tentei contato com eles, mas não tive retorno).

***

Quase dois anos depois, eu continuaria apostando na mesma lista - com algumas correções, evidentemente, porque o tempo passou e surgiram uns escritores e outros ficaram mais velhos. Enfim, meus palpites são:

Ana Paula Maia
Carola Saavedra
Michel Laub
Verônica Stigger
Carlos de Brito e Mello
Andréa Del Fuego
Ricardo Lisias
Altair Martins
Cecília Giannetti
Daniel Galera
Tatiana Salem Levy
André de Leones
Carol Bensimon
Lívia Sganzerla Jappe
João Paulo Cuenca
Santiago Nazarian
Antônio Xerxenesky
Paloma Vidal
Tony Monti
Luís Henrique Pellanda

***

Em tempo, vale dizer que os selecionados já foram avisados de que estão na lista. O anúncio oficial será feito na Flip e por questões de contrato ninguém pode falar sobre o assunto.

Alguém tem mais alguma palpite?

*Imagem: reprodução daqui.
Share/Save/Bookmark