Infelizmente, quando a gente acordar amanhã o preconceito racial vai continuar existindo no mundo todo. Porém, olhando para trás a gente percebe que muita coisa mudou em relação ao assunto. Basta se lembrar que amanhã o livro O sol nasce para todos, de Haper Lee completa 50 anos desde a sua primeira publicação em 11 de Julho de 1960.
O romance conta a história de Tom Robinson, um homem negro injustamente acusado de ter estuprado uma garota branca numa cidade do Alabama, sul dos Estados Unidos. A história é narrada por Scout Fincher, filha de Atticus Fincher, advogado responsável por defender Tom nos tribunais. O mais importante no romance não é o julgamento do caso, mas o que acontece na cidadezinha em torno desse evento. De maneira bastante precisa, a narradora Scout revela o racismo, o desrespeito e a intolerância.
O sol é para todos ganhou o prêmio Pulitzer, virou filme ganhador de Oscar e tornou-se símbolo da luta pelos direitos civis nos anos 60. Harper Lee, amiga de infância de Truman Capote, nunca mais publicou nenhum romance. Tornou-se uma autora reclusa. Quase não concedeu mais entrevistas para a imprensa e nunca mais falou sobre o livro. Mesmo quando foi recentemente premiada com a "Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos" - uma das maiores honras que um escritor pode receber em vida.
Depois de 50 anos, O sol é para todos ainda é um dos mais lidos e mais vendidos no mundo inteiro. Justamente porque o preconceito e a injustiça social ainda façam parte da nossa sociedade. Muita coisa mudou, temos melhores condições comparada com os anos 60. O aniversário do livro e as comemorações em torno da data talvez sirvam para nos alertar que ainda resta muito a fazer.
O sol é para todos
Harper Lee
Editora José Olympio
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