Lorin Stein, o aclamado editor da Paris Review, mantém uma seção no blog da revista em que responde perguntas vindas dos leitores da própria revista. Se não estou enganado essa seção é semanal. Toda a sorte de perguntas relacionadas ao universo da literatura aparecem nesse espaço e são respondidas com bastante entusiasmo pelo editor. Os leitores chegam até a pedir conselhos e escrevem em busco de algum conforto que os atormenta.
Na semana passada, um leitor mais desinibido perguntou ao Sr. Stein qual grande livro ele deveria ter lido e nunca leu. Curiosamente, o editor respondeu dizendo que nunca leu, por exemplo, clássicos da literatura como Jane Eyre (Charlotte Bronte), Viagem ao fim da noite (Louis-Ferdinand Céline), A consciência de Zeno (Italo Svevo), O amante de Lady Chatterley (D. H. Lawrence), Meridiano de sangue (Cormac McCarthy), O arco-íris da gradidade (Thomas Pynchon), A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy (Laurence Sterne) e outras coisas mais.
(Quem quiser ver a resposta completa pode clicar aqui).
É irresistível não olhar com uma pequena desconfiança para o episódio - será que tanto a pergunta quanto a resposta não seriam ficcionais? No entanto, a revista Paris Review goza de imenso prestígio e credibilidade, de modo que arriscar essa reputação seria um golpe baixo.
Seja como for, senti um enorme alívio por nunca ter lido uma série de livros que deveria ter lido e ainda não li. Tenho uma fila de leitura que só aumenta a cada dia. Por exemplo, ainda não li 2666 e nem Os detetives selvagens (Roberto Bolaño, ambos). Também não li O Mestre e margarida (Mikhail Bulgakov), Menino de engenho (José Lins do Rego) e nenhum livro do Chico Buarque exceto Estorvo. Liberdade, o novo clássico de Jonathan Franzen, está intocado na minha estante - estou esperando passar um pouco o tempo. E tantas outras coisas mais que nem lembro. Fiquei com vontade de que todo mundo confessasse pelo menos um grande livro que nunca leu - ia ser bem divertido.
Conclusão ululante, meus caros amigos: se nem Lorin Stein leu tudo, que dirá a gente.
*Imagem: reprodução.
Na semana passada, um leitor mais desinibido perguntou ao Sr. Stein qual grande livro ele deveria ter lido e nunca leu. Curiosamente, o editor respondeu dizendo que nunca leu, por exemplo, clássicos da literatura como Jane Eyre (Charlotte Bronte), Viagem ao fim da noite (Louis-Ferdinand Céline), A consciência de Zeno (Italo Svevo), O amante de Lady Chatterley (D. H. Lawrence), Meridiano de sangue (Cormac McCarthy), O arco-íris da gradidade (Thomas Pynchon), A vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy (Laurence Sterne) e outras coisas mais.
(Quem quiser ver a resposta completa pode clicar aqui).
É irresistível não olhar com uma pequena desconfiança para o episódio - será que tanto a pergunta quanto a resposta não seriam ficcionais? No entanto, a revista Paris Review goza de imenso prestígio e credibilidade, de modo que arriscar essa reputação seria um golpe baixo.
Seja como for, senti um enorme alívio por nunca ter lido uma série de livros que deveria ter lido e ainda não li. Tenho uma fila de leitura que só aumenta a cada dia. Por exemplo, ainda não li 2666 e nem Os detetives selvagens (Roberto Bolaño, ambos). Também não li O Mestre e margarida (Mikhail Bulgakov), Menino de engenho (José Lins do Rego) e nenhum livro do Chico Buarque exceto Estorvo. Liberdade, o novo clássico de Jonathan Franzen, está intocado na minha estante - estou esperando passar um pouco o tempo. E tantas outras coisas mais que nem lembro. Fiquei com vontade de que todo mundo confessasse pelo menos um grande livro que nunca leu - ia ser bem divertido.
Conclusão ululante, meus caros amigos: se nem Lorin Stein leu tudo, que dirá a gente.
*Imagem: reprodução.
Ano passado prometi que leria em 2011 pelo menos um destes clássicos: Os miseráveis, Ulisses ou Moby Dick. O ano já está acabando e nada...
ResponderExcluirAbs.
Carol