O ator James Franco de filmes como "Homem-Aranha", "Milk" e "Howl" publicou um livro de contos, Palo Alto. O livro reúne histórias sobre a angústia e o vazio existencial de um grupo de adolescentes que vivem em Los Angeles, nos Estados Unidos. Franco disse em diversas entrevistas que sua intenção era abordar grandes dilemas que estão ligados a essa fase da vida. Apesar da temática, Palo Alto não é direcionado ao público juvenil.
A estréia do ator no universo da ficção foi recebida com entusiasmo por uma parte da crítica. O New York Times, o Washington Post e o Book Bench da revista New Yorker gostaram bastante do livro. O célebre escritor Michael Cunningham gravou um vídeo conversando com o ator e tecendo diversos elogios. Porém, a outra parte da crítica não gostou do livro antes mesmo de lê-lo porque, segundo dizem, James Franco é um ator celebridade de Hollywood e não um escritor.
Paralelo a carreira de ator, ele frequentou os famosos cursos de escrita criativa de onde saíram renomados autores americanos. No começo Franco escrevia contos em particular, como hobby. À medida que foi mostrando esses contos e teve retorno das pessoas, sentiu segurança para publicar o livro.
A situação de James Franco lembra o caso recente de Chico Buarque com os prêmios Jabuti e Portugal Telecom. O grande compositor da música popular brasileira é também autor de quatro romances: Estorvo, Benjamim, Budapeste e Leite Derramado. Três deles já faturaram prêmios importantes de literatura. Isso sem mencionar o fato desses livros serem sucesso de público.
Chico disse que acha natural a desconfiança da crítica como apontou Raquel Cozer num texto para o Caderno 2. Reproduzo abaixo a fala dele:
“É difícil dissociar o narrador da pessoa pública. As pessoas pensam que o livro faz sucesso porque o autor tem um programa de TV ou é compositor. Mas não acho chato isso, não. Se eu visse um outro compositor ou apresentador que escrevesse um livro, talvez eu desconfiasse de que não fosse bom. Isso é muito natural” (...).
A estréia do ator no universo da ficção foi recebida com entusiasmo por uma parte da crítica. O New York Times, o Washington Post e o Book Bench da revista New Yorker gostaram bastante do livro. O célebre escritor Michael Cunningham gravou um vídeo conversando com o ator e tecendo diversos elogios. Porém, a outra parte da crítica não gostou do livro antes mesmo de lê-lo porque, segundo dizem, James Franco é um ator celebridade de Hollywood e não um escritor.
Paralelo a carreira de ator, ele frequentou os famosos cursos de escrita criativa de onde saíram renomados autores americanos. No começo Franco escrevia contos em particular, como hobby. À medida que foi mostrando esses contos e teve retorno das pessoas, sentiu segurança para publicar o livro.
A situação de James Franco lembra o caso recente de Chico Buarque com os prêmios Jabuti e Portugal Telecom. O grande compositor da música popular brasileira é também autor de quatro romances: Estorvo, Benjamim, Budapeste e Leite Derramado. Três deles já faturaram prêmios importantes de literatura. Isso sem mencionar o fato desses livros serem sucesso de público.
Chico disse que acha natural a desconfiança da crítica como apontou Raquel Cozer num texto para o Caderno 2. Reproduzo abaixo a fala dele:
“É difícil dissociar o narrador da pessoa pública. As pessoas pensam que o livro faz sucesso porque o autor tem um programa de TV ou é compositor. Mas não acho chato isso, não. Se eu visse um outro compositor ou apresentador que escrevesse um livro, talvez eu desconfiasse de que não fosse bom. Isso é muito natural” (...).
Percebo que a mesma restrição também persegue Tony Bellotto, guitarrista da banda Titãs. Ele é autor de seis livros, divididos em contos e romances policiais. Não sei extamente em que medida a crítica torce o nariz para seus livros, pois Bellotto não teve a mesma exposição que Chico Buarque em termos de premiação literária - pelo menos não que eu me lembre.
Não quero dizer que essas três personalidades escrevem romances de alta densidade literária e que eles estão à frente de pessoas que se dedicam integralmente a prosa de ficção. Mas por que o ator, o compositor e o guitarrista não podem também ser escritores?
*imagem: montagem sobre fotos reproduzidas do Google.
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