
Pola Oloixarac pareceu bastante desinibida e articulada na entrevista que concedeu a revista Marie Claire. Mostrou para quem quisesse ver porque o posto de musa da FLIP já é dela faz tempo. A entrevista foi publicada na edição desse mês e está disponível aqui.
Ela conta que se mudou de Buenos Aires porque "em Buenos Aires, o mundo literário é feito de panelinhas e fofocas". Conta dos elogios, das críticas e do debate provocado pela publicação de As teorias selvagens - Pola chegou a ser insultada pessoalmente por muita gente. Ela ainda disse que não quer ter filhos, que lê um monte de porcaria e que adora o estilista Marc Jacobs - inclusive pretende colocar um biquíni do estilista em sua mala de viagem a Paraty.
Sobre literatura Pola confessa que suas influências literárias foram Suzan Coolidge, Maxine Swann (cujo livro Filhos de hippies acabou de ser publicado pela editora Planeta do Brasil), Jorge Luís Borges e Clarice Lispector - por quem está apaixonada "de uns dez anos para cá".
Ela gosta do Brasil (As teorias selvagens toca no assunto MPB), ama Gal Costa, lê sobre o país e vai ambientar seu próximo romance no Brasil do século XIX - diz que é "sobre botânicos, extremamente erótico. Será bem menos político que o anterior."
***

James Ellroy, outro convidado da FLIP, concedeu entrevista a revista Rolling Stone (está na edição de junho, mas uma parte da entrevista está disponível aqui). A entrevista foi concedida originalmente ao repórter Sean Woods, da Rolling Stone americana, e foi traduzida por Ana Ban. É praticamente um perfil do escritor que será a grande estrela do festival - que me desculpe a Pola Oloixarac.
***

E por que só minúsculas? Fiz a pergunta que, suspeitava, valter hugo mãe já respondeu um milhão de vezes. "Um milhão e 300 mil vezes", corrige. E a resposta é sempre a mesma? "Ah, essa é excelente, essa nunca me tinham feito", comenta. "Não. Vou variando, vou acrescentando, vou respondendo melhor." A explicação, que tem a ver com "aproximar o texto da sua natureza", não cabe toda aqui, mais uma razão para lhe repetirem a pergunta quando o encontrarem, aí no Brasil.***
O bom da FLIP é isso: a literatura vira a pauta do momento - desconsiderando aqueles conhecidos jornais e revistas que tratam apenas do assunto, evidentemente.
*imagem: reprodução site da FLIP.

Nenhum comentário:
Postar um comentário