sexta-feira, 1 de julho de 2011

COM A PALAVRA O ESCRITOR: POLA OLOIXARAC, JAMES ELLROY E VALTER HUGO MÃE


Pola Oloixarac pareceu bastante desinibida e articulada na entrevista que concedeu a revista Marie Claire. Mostrou para quem quisesse ver porque o posto de musa da FLIP já é dela faz tempo. A entrevista foi publicada na edição desse mês e está disponível aqui.

Ela conta que se mudou de Buenos Aires porque "em Buenos Aires, o mundo literário é feito de panelinhas e fofocas". Conta dos elogios, das críticas e do debate provocado pela publicação de As teorias selvagens - Pola chegou a ser insultada pessoalmente por muita gente. Ela ainda disse que não quer ter filhos, que lê um monte de porcaria e que adora o estilista Marc Jacobs - inclusive pretende colocar um biquíni do estilista em sua mala de viagem a Paraty.

Sobre literatura Pola confessa que suas influências literárias foram Suzan Coolidge, Maxine Swann (cujo livro Filhos de hippies acabou de ser publicado pela editora Planeta do Brasil), Jorge Luís Borges e Clarice Lispector - por quem está apaixonada "de uns dez anos para cá".

Ela gosta do Brasil (As teorias selvagens toca no assunto MPB), ama Gal Costa, lê sobre o país e vai ambientar seu próximo romance no Brasil do século XIX - diz que é "sobre botânicos, extremamente erótico. Será bem menos político que o anterior."

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James Ellroy, outro convidado da FLIP, concedeu entrevista a revista Rolling Stone (está na edição de junho, mas uma parte da entrevista está disponível aqui). A entrevista foi concedida originalmente ao repórter Sean Woods, da Rolling Stone americana, e foi traduzida por Ana Ban. É praticamente um perfil do escritor que será a grande estrela do festival - que me desculpe a Pola Oloixarac.

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O escritor valter hugo mãe figurou nas páginas da revista Serafina em entrevista a Rita Siza, diretamente do Porto. É um texto pequeno (disponível somente para assinantes), mas com um trecho bem engraçado sobre a famigerada pergunta das minúsculas:


E por que só minúsculas? Fiz a pergunta que, suspeitava, valter hugo mãe já respondeu um milhão de vezes. "Um milhão e 300 mil vezes", corrige. E a resposta é sempre a mesma? "Ah, essa é excelente, essa nunca me tinham feito", comenta. "Não. Vou variando, vou acrescentando, vou respondendo melhor." A explicação, que tem a ver com "aproximar o texto da sua natureza", não cabe toda aqui, mais uma razão para lhe repetirem a pergunta quando o encontrarem, aí no Brasil.
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O bom da FLIP é isso: a literatura vira a pauta do momento - desconsiderando aqueles conhecidos jornais e revistas que tratam apenas do assunto, evidentemente.

*imagem: reprodução site da FLIP.
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