Achei interessante acompanhar o comentário de Sérgio Rodrigues, no blog Todoprosa, e da crítica de literatura Flora Süssekind, no mesmo Prosa & Verso. Os dois falam de perspectivas diferentes sobre o mesmo livro, mas acho interessante a oposição porque de alguma maneira acaba refletindo um conflito que existe: para falar sobre como funciona a literatura temos de seguir uma abordagem acadêmica ou podemos usar uma abordagem menos "pretensiosa".
Também sugiro duas entrevistas que ele concedeu: uma para Daniel Piza, no caderno Sabático, e outra para o Prosa & Verso. Acho interessante ler esse material porque vem acompanhado de pequenos textos introdutórios que refletem mais pontos de vista sobre o livro. Acredito que mais textos devem vir por aí.
Apenas para situar: James Wood é crítico da revista New Yorker e no livro ele aborda algumas categorias literárias (personagem, linguagem, narrador etc.) sem usar jargões acadêmicos. Pelo que eu li, tudo acontece meio em tom de conversa e sem aquele peso da responsabilidade crítica. É essa abordagem de James Wood que está no centro da questão.
Quando foi lançado nos Estados Unidos em 2008, o livro também rendeu diversas discussões. Figurou inclusive entre a lista dos mais vendidos.
Ainda não li o livro de Wood e acho bacana que ele chegue causando esses comentários. Isso estimula a gente a ler o livro para tirar nossas conclusões, ouvir os posicionamentos e encontrar um caminho para a tal "críse da crítica", quem sabe algum dia.
*imagem: divulgação.
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