terça-feira, 17 de setembro de 2013

LITERATURA EM SP



Se você está em São Paulo e gosta de literatura terá uma difícil missão pela frente. Na próxima quinta-feira, a cidade será ocupada por três eventos interessantes - todas acontecem quase ao mesmo tempo em pontos diferentes, ou seja, sem chance de aparecer um pouco em cada um.

Às 19h, na Associação dos Advogados de São Paulo – AASP, acontece a abertura do evento Pauliceia Literária. A escritora Patrícia Melo terá sua obra esquadrinhada por Manuel da Costa Pinto. O evento é pago e os ingressos podem ser adquiridos pelo site.

Às 19:30h, na Casa das Rosas, o escritor Ricardo Lísias estará no segundo encontro do Isto não é um perfil – Desmontando os escritores da prosa contemporânea organizado por Luiz Nadal. Vale lembrar que Lísias acaba de lançar Divórcio e não concedeu nenhuma entrevista para falar do romance - respondeu perguntas dos 'jornalistas' por email. Vai ser uma chance interessante de vê-lo pessoalmente. Tem um primeiro capítulo para degustação aqui. O evento é grátis.

Às 20h, no SESC Consolação, a nova literatura britânica e brasileira será representada por Ben Markovits (ele largou o basquete pela literatura), Steven Hall, Antonio Prata e Daniel Galera. Os quatro estão na seleção de jovens autores da revista Granta - o número com jovens autores britânicos chegou às livrarias na semana passada - e vão falar sobre suas respectivas obras. Os livros do Markovits ainda não foram publicados no Brasil; já Steven Hall teve seu romance Cabeça Tubarão publicado pela Companhia das Letras (indiquei o livro na edição do fanzine sobre 'videogame'). O bate-papo será mediado por Marcelo Ferroni e tem entrada gratuíta.

Difícil decidir, né?

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Pensa que acabou: como falei num texto anterior, na próxima sexta-feira acontece a FLAP! que vai até domingo junto com o evento Pauliceia Literária que também termina no domingo.

*Imagem: ilustração de Diana Dorothèa Danon que está no livro São Paulo: 'Belle Époque'/reprodução.
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MINHA PARTICIPAÇÃO NA COPA DE LITERATURA


Hoje foi ao ar a minha participação na Copa de Literatura Brasileira 2013. Fiquei muito lisonjeado com o convite dos organizadores e confesso para vocês que senti uma responsabilidade enorme ao saber que teria de avaliar Barba ensopada de sangue, de Daniel Galera e Habitante irreal, de Paulo Scott. Se você estava num outro país sem acesso a internet aqui vai uma explicação para o temor: foram os dois livros mais comentados da temporada mais recente da literatura brasileira.

Para compor minha 'resenha', tentei ler quase tudo o que escreveram a respeito e ruminei durante muitas semanas algumas ideias que anotei em papéis espalhados. Se fosse possível, passava os dois para a próxima rodada de avaliações, mas não dá! Tanto o livro do Galera quanto o do Scott são dignos de nota e precisam ser lidos - basta ter boa vontade para enxergar as qualidades, reconhecer os defeitos e deixar de lado a rabugice contra a literatura brasileira contemporânea (essa palavra que faz muita gente ficar com cara de nojo - vai entender).

A Copa é divertida justamente por colocar nova luz e promover mais debate sobre livros que poderiam ficar perdidos nas estantes das livrarias ou das bibliotecas públicas e privadas. Por isso, teria sido muito chato se Habitante irreal tivesse sido retirado dessa edição desde o começo (apenas para registrar, Paulo Scott pediu para que os organizadores retirassem o livro da Copa).

Bom, agora chega de papo-furado. Para ler a resenha vai lá no site da Copa e não deixe de acompanhar as outras partidas porque ainda tem várias avaliações que vão ser briga de cachorro grande - como dizem popularmente.

*Imagem: reprodução da Copa.
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

QUANDO A RUA APARECE NA LITERATURA - EM MEMÓRIA A MARSHALL BERMAN

Jane Jacobs
Tem gente que lê dois ou três livros ao mesmo tempo sem perder uma linha do enredo - uma questão de comportamento, hábito, organização, gosto pessoal, sei lá. Conheço pessoas que realizam esse verdadeiro milagre num mundo em que a publicação de livros se multiplica a números exponenciais e exigem agilidade (ou melhor, "rebolado") para acompanhar TUDO o que chega às livrarias, mas eu mesmo não consigo. Quer dizer, até consigo se for um trabalho. Mantenho o foco, crio um método de anotações e sigo em frente. Já para as leituras de prazer eu dedico muita atenção e exclusividade. Leio d-e-v-a-g-a-r. É claro que no meio do caminho faço pausas (com tempo de duração variado) para atender prazos de leitura mais urgentes ou viver a vida (atender ao telefone, ir ao mercado, responder emails, tomar uma cerveja, assistir a um filme, encontrar os amigos etc.). A MTV tinha uma vinheta que dizia: "desligue a TV e vá ler um livro". Em determinados momentos, eu diria o seguinte: "feche o livro e vá para a rua" - se você costuma ler no iPad, Kindle e outros leitores digitais pode usar dizer "desligue o livro e...".

Pois bem, um livro que estou lendo por prazer nesse momento é Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs. Não tem nada de ficção, por isso não coloquei a capinha naquele campo "lendo" do blog. O livro foi publicado em 1961 quando as cidades norte-americanas eram assoladas pelo trabalho racionalista, organizador e um tanto higienista dos grandes arquitetos e urbanistas modernos - entre eles, Robert Moses e Le Corbusier. Jacobs usou sua verve de jornalistica-ativista contra essa mentalidade demonstrando que o elemento mais precioso da cidade está escondido na sua diversidade urbana espontânea ocupando ruas e calçadas, misturando prédios antigos com novos, bairros mesclando comércio, fábricas, praças, cinemas, bares, casas, restaurantes, escolas, parques e todo o resto. Suas ideias foram tão influentes que permanecem atuais e repercutem até hoje entre os urbanistas. Sobretudo nesse momento em que as metrópoles estão renascendo como símbolo de um urbanismo mais espontâneo. Apesar de carregar alguns aspectos técnicos que podem parecer enfadonhos para os 'não iniciados', Jacobs constrói seus argumentos com uma prosa recheada de inteligência, beleza e simplicidade narrando sua experiência pessoal com várias histórias de pessoas que moram na cidade por causa de sua diversidade vibrante.

Cheguei ao livro da Jane Jacobs depois de ler o ensaio histórico e literário Tudo que é sólido desmancha no ar, de Marshall Berman - li nos tempos da faculdade para a minha monografia de conclusão da especialização cujo tema era a representação da cidade real em As cidades invisíveis, de Italo Calvino (na vida é muito importante ter ambições). Por causa do prazo de entrega eu fui deixando o livro de Jacobs para depois, outras leituras apareceram e na metade do mês passado a vez dela chegou. Leituras de prazer, lembra? Foi pensando no livro dela e nessa história de um livro que puxa outro que fiquei triste ao ler a notícia de que Marshall Berman tinha morrido. Infelizmente, não o conheci pessoalmente, não era meu professor, amigo ou parente, mas era alguém brilhante por quem eu tinha muita admiração. Ele esteve algumas vezes no Brasil e nunca tive oportunidade de vê-lo de perto. Minha última chance teria sido em 2007 quando ele foi anunciado como um dos convidados do Fronteiras do Pensamento, mas cancelou a participação por problemas de saúde. Uma pena!

Marshall Berman
Tudo que é sólido... foi tão fundamental na minha vida que orientou quase todos os meus pensamentos sobre a modernidade, a teoria marxista, a crítica e o ensaismo - a tal ponto que estou lendo nesse momento um livro que foi muito importante para a formação teórica dele (com Um século em Nova York, Berman tentou 'imitar' o estilo de Jane Jacobs em Morte e vida de grandes cidades para mostrar o espetáculo da Times Square). 

E veja como as coisas são curiosas: com muito brilhantismo Tudo que é sólido... também faz eco ao grande debate sobre o direito à cidade, a ocupação das ruas e as diversas manifestações espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Um dos eixos condutores do livro é a rua como um símbolo da modernidade que aparece na literatura em escritores como Goethe, Baudelaire, Puchkin, Gogol, Dostoievski e James Joyce.

Por toda a era de Haussmann e Baudelaire, entrando no século XX, essa fantasia urbana cristalizou-se em torno da rua, que emergiu como símbolo fundamental da vida moderna. Da “Rua Principal” (Main Street) das pequenas cidades à “Grande Via Branca” ou à “Rua do Sonho” das metrópoles, a rua foi experimentada como um meio no qual a totalidade das forças materiais e espirituais modernas podia se encontrar, chocar-se e se misturar para produzir seus destinos e significados últimos. Era isso o que o Stephen Dedalus de Joyce tinha em mente com sua enigmática sugestão de que Deus estava lá fora, no “grito da rua”.

Viva Marshall Berman!

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Para encerrar, quem ficou interessado no assunto deve ler urgentemente Tudo que é sólido desmancha no ar saiu pela Companhia das Letras (tradução de Carlos Felipe Moisés e Ana Maria L. Ioriatti). Aproveitando o ensejo, recomento alguns livros de ficção que aparecem no ensaio do Berman e demonstram que a literatura não é um assunto assim tão distante da realidade simbólica, política e filosófica das ruas.



Fausto, de Goethe (volume I e II)
Tradução de Jenny Klabin Segall
Editora 34

Apesar de ser um poema (esse blog é sobre prosa de ficção), Goethe foi o autor que melhor conseguiu dar tratamento literário ao mito do homem sábio que vendeu sua alma ao diabo para saber tudo sobre o amor, a magia e a ciência. O enredo serve como uma alegoria para as transformações históricas, sociais, políticas, científicas e artísticas da modernidade. 



Eugênio Oneguin, de Alexandr Pushkin
Tradução de Dário Castro Alves
Record

Outro livro em forma de poema (segundo alguns, quase um poema em prosa devido ao caráter narrativo). Conta a história de um jovem aristocrata russo tão entediado com a vida que recusa até o amor de uma bela moça. Os anos passam e tudo muda. É uma obra que exerceu grande influência na literatura russa.





Avenida Niévski, de Nikolai Gógol
Tradução de Rubens Figueiredo
Cosac Naify

Gógol faz um amplo panorama da vida cotidiana da cidade de São Petersburgo, capital do império russo. A avenida Niévski com seu movimento vibrante e seu desenho moderno serve como palco central para o desenlace de histórias quase fantásticas.




Memórias do subsolo, de Dostoiévski
Tradução de Boris Schnaiderman
Editora 34

Não se engane! As poucas páginas desse livro carregam uma das personagens mais importantes da literatura ocidental: o homem do subsolo. Um sujeito isolado do mundo que investe ferozmente contra todas as coisas, mas encontra na rua uma maneira de felicidade.





Ulysses, de James Joyce
Tradução de Caetano Galindo
Companhia das Letras

Para além da forma experimental e hermética, o romance mais importante do século XX conta a história de "um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar". Nesse passeio a cidade moderna brilha reluzente.



As flores do mal, de Charles Baudelaire
Tradução de Ivan Junqueira
Nova Fronteira

Influenciado pelas transformações urbanas de Paris e pela prosa sombria de Edgar Allan Poe (alguém se lembra do conto “O homem da multidão”), Baudelaire coloca em cena a figura do flâneur que capta a cidade moderna com toda a beleza de suas mazelas.



*Fotos: reprodução do Google/fonte difusa.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O MUNDO É UMA OSTRA


Três rapazes de Nova York, donos de uma startup, estão adicionando mais um ingrediente apimentado a longa discussão sobre o fim do livro. Melhor dizendo, o ingrediente tem gosto de ostra (com ou sem limão, você é quem decide). Junto com outros entusiastas, eles criaram um aplicativo chamado Oyster. Uma reportagem da revista WIRED explica como vai funcionar: você paga $9,95 dólares por mês e tem acesso ilimitado a mais de 100 mil livros em versão digital para você ler no seu celular. Uma vez que você acessou, pode procurar livros de todos os gêneros num esquema mais ou menos parecido com o Netflix (aquele serviço de TV por internet) ou com o Rdio (serviço de música por internet).

O aplicativo tem algumas peculiaridades. Por exemplo, não vai disponibilizar o catálogo inteiro de uma editora. Parece que os desenvolvedores farão uma seleção para colocar na plataforma apenas livros interessantes (o que quer que isso signifique). Como todo aplicativo que se preze, ele vai permitir que você monte uma biblioteca e compartilhe suas leituras com o mundo inteiro. Todas as suas informações, livros preferidos, lista de livros que você leu ou deseja ler serão registrados para que o aplicativo possa decodificar seu 'gosto' e oferecer para você aquilo que você procura. Mais do que isso, você poderá adicionar amigos e dar aquela espiadinha na biblioteca deles a fim de encontrar livros que eles estão recomendando. Finalizando os atrativos, o usuário poderá aplicar 'temas personalizados' aos livros que alteram a fonte, a luminosidade e a textura da 'página' para conforto de leitura - há cinco temas disponíveis.

A ideia é derrubar as barreiras que estão entre você e os livros para que você gaste seu precioso tempo... lendo e esses objetos de outro planeta percam a materialidade que lhes é característica para estarem SEMPRE ao alcance dos seus dedos. Ou seja, você não poderá usar como desculpa a falta de tempo ou dinheiro por duas razões: o valor que você paga por mês custa menos do que um livro na Amazon e com todas as sugestões que você vai receber não terá nem o trabalho de procurar um livro que você goste.

Pelo que entendi, o aplicativo ainda está em fase de teste e, por isso, o acesso está restrito apenas para pessoas com iPhone que moram nos Estados Unidos - para usar o aplicativo o interessado ainda precisa pedir um convite. Com base nesse teste a plataforma será lançada oficialmente.

Mesclando a minha matemática de botequim com a minha visão de negócios mambembe tive um raciocínio. Para o usuário parece um bom negócio, mas para o mercado editorial, mais especificamente para o negócio do livro digital, será um golpe e tanto porque os preços dos livros por unidade terão de despencar para serem mais competitivos e atraentes. Com isso, o lucro dos editores deve diminuir porque eles deixam de ganhar no preço unitário do livro. Afinal, será que o leitor vai ficar tão entusiasmado assim que vai comprar o livro físico ou o livro digital separadamente? Pode ser que exista um ou outro, mas não um número expressivo. Quem vai sentir mais de perto será a Amazon, o maior concorrente do filão.

Quando vejo esses movimentos do futuro sempre penso naquela frase do Chris Anderson, um jornalista (quase um guru) que cria várias teorias sobre o futuro da indústria do entretenimento: "Every industry that becomes digital will eventually become free" (em tradução livre: "Toda indústria que se torna digital, eventualmente, vai se tornar gratuita").

Seja como for, é uma aposta, uma experiência, uma tentativa de encontrar espaço num modelo de negócio em crise ávido por uma saída surpreendente. Só o tempo dirá.

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E pensar que em meados da década passada, os japoneses inventaram um negócio chamado "mobile novel". Com o avanço da tecnologia e o advento das redes sociais quem vai ficar interessado em receber torpedos com histórias quando pode ter todas as histórias do mundo num aplicativo.

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Uma curiosidade, o nome Oyster foi retirado da fala "The world's mine oyster” que está na peça As alegres comadres de Windsor, de Shakespeare. Ah! Eles tem um blog com fotos bem legais de gente lendo.

*Imagem: Oyster/Divulgação.
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

INDIE QUE NEM EU, QUE NEM QUEM?



Começou ontem, em São Paulo, o Mês da Cultura Independente com uma série de eventos gratuitos voltados a produção cultural 'indie' de música, cinema, dança, artes visuais e literatura. Uma chance bacana para conhecer uma parte da cultura que não costuma receber patrocínio de grandes empresas e divulgação nas mídias tradicionais, mas tem importância vital por experimentar, arriscar e trazer novos ares para os campos da cultura mais consagrados.

O braço literário do Mês conta com dois grandes eventos: 

-> II ENCONTRO DE LITERATURA DIVERGENTE
O encontro do ano passado rendeu frutos e a reunião entre escritores, editores e pesquisadores interessados no tema divergente acontece novamente Biblioteca Alceu Amoroso Lima nos dias 14 e 15 de setembro. Na abertura haverá uma mesa explicando o conceito da literatura divergente com Berimba de Jesus e Nelson Maca. Além dos saraus, haverá bate-papo sobre escrita feminina, mesa-redonda sobre conceitos de raça, classe, gênero e identidade regional e um debate sobre editoras alternativas. O poeta Nicolas Behr (que esteve na FLIP) também vai participar.

-> FLAP!
Focada principalmente em poesia, a 'festa' coloca em discussão na agenda literária temas um pouco mais atrevidos. No dia 21, a Biblioteca Mário de Andrade recebe um debate sobre a presença do corpo na literatura, com participação de Alfredo Fressia, Clara Averbuck, Elizandra Souza, Juliano Garcia Pessanha e Nuno Ramos. No mesmo dia, o Espaço dos Satyros recebe debates sobre o papel do tradutor (com participação da Denise Bottmann e outros) e a memória da violência na literatura. No dia 22, Biblioteca Alceu Amoroso Lima abriga um debate sobre a apatia da crítica contemporânea e mais tarde acontece o encerramente com confraternização na Feirinha Gastronômica da Praça Benedito Calixto. Ah! A abertura será na Casa das Rosas com uma feira de publicações independentes, no dia 20.

-> Correndo por fora, haverá Sarau da Cooperifa comandado por Sérgio Vaz, no dia 13, na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima); e um debate sobre a internet e os selos independentes com os escritores Antônio Xerxenesky e Daniel Pellizzari, no dia 14, no Centro Cultural São Paulo.

Tem mais informações detalhadas no site da FLAP! e da Prefeitura.

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Por curiosidade, também acontece em setembro a Pauliceia Literária (no mesmo final de semana da FLAP!), um evento mais robusto e não tão 'indie' assim. Aos moldes da FLIP, a programação conta com um autor homenageado (a escritora Patrícia Melo), mesas de debate com autores nacionais e internacionais, grupos de leitura e oficinas de escrita. Destaque para a participação de Valter Hugo Mãe, Juan Pablo Villalobos, Inês Pedrosa, Scott Turow, entre outros. Os ingressos custam de R$ 16,00 a R$ 32,00 e a programação completa está disponível no site www.pauliceialiteraria.com.br

Além de mês 'indie', será o mês 'literário'.

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Vale lembrar também a Balada Literária que não está no mês 'indie', mas bem que poderia. A edição desse ano deve acontecer em novembro e terá como homenageado o cartunista Laerte. Entre as atrações confirmadas estão os escritores Washington Cucurto, Alberto Guerra Naranjo e Jorge Fornet, do Centro de Pesquisa Literária da Casa de Las Americas, junto com Mauro Munhoz (da Flip) e Sérgio Vaz (do Sarau da Cooperifa).

*Imagem: reprodução Google.
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