segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BRASIL, PAÍS RICO É PAÍS COM ESCRITORES



Um assunto que está dominando as rodas de conversa nessa manhã é a notícia sobre a futura versão online do New York Times em português. O grupo que comanda o jornal está de olho no "bom" momento econômico do país e na ascensão da nova classe média - segundo uma pesquisa do Ibope NetRatings, o Brasil é o 5º país mais conectado do mundo com 83,4 milhões de usuários na internet (nosso tempo médio de navegação e gastos com compras online só aumentam); tudo isso nos torna um atraente mercado consumidor. A expansão internacional da marca não é novidade já que o jornal também vai ganhar uma versão online em chinês.

Parece que um terço do conteúdo será produzido aqui mesmo - com jornalistas brasileiros -, o restante será traduzido do inglês. Puxando a sardinha para a nossa brasa, resta saber se o suplemento 'Sunday Book Review' vai ganhar tradução na íntegra ou separadamente. Afinal, não seria de todo mau ler as resenhas críticas em português.

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Na semana passada, João Pombeiro, diretor da revista literária LER, esteve no Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro para comemorar os 25 anos da revista. Aproveitando a ocasião, João anunciou que a LER vai ganhar uma versão digital a partir de novembro. Facilitando bastante a vida dos leitores brasileiros na hora comprar exemplares.

A edição desse mês tem Rubem Fonseca na capa com perfil assinado por pelos jornalistas brasileiros Tiago Petrik, Malu Porto e João Gabriel Lima.

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O inverso também é verdade. Durante a Feira de Frankfurt, a Fundação Biblioteca Nacional junto com outros patrocinadores lançou o primeiro número da revista Machado de Assis - Literatura Brasileira em tradução. É uma revista voltada para a divulgação da literatura brasileira no exterior. Trechos de livros e contos dos autores selecionados para a edição foram traduzidos para o inglês e espanhol. Entre eles estão Alberto Mussa, Andréa del Fuego, Bernardo Carvalho, Cristovão Tezza, João Paulo Cuenca, Joca Reiners Terron, Luiz Ruffato, Paloma Vidal, Rubens Figueiredo e André de Leones. A revista é digital e conta com um blog que divulga notícias em inglês do nosso mercado literário.

Aliás, acompanhei pelos jornais as notícias da Feira. Pelo visto, editoras do mundo inteiro ficaram bastante entusiasmadas com a nossa literatura. Parece que nesse ano as rodadas de negociações foram bastante lucrativas para as editoras brasileiras. Segundo informações do Estadão, foram negociados algo em torno de "US$ 195 mil, entre venda de livro impressos e de direitos autorais de obras brasileiras".

Agora você imagine no ano que vem, quando seremos o país convidado de honra da Feira?

*Imagem: © Frankfurter Buchmesse / divulgação
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