terça-feira, 29 de julho de 2014
FLIP - PROGRAMAÇÃO PARALELA
Amanhã começa mais uma edição da FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty. As mesas da programação principal estão caprichadas com autores nacionais e internacionais e todos os ingressos para assistir ao vivo na tenda principal estão esgotados. Não se desespere porque nesse ano a tenda do telão será grátis. Vamos supor que você quer ver aquele seu autor favorito de perto, você tem duas oportunidades: pedir um autógrafo ou acompanhar a extensa programação paralela.
Abaixo listei o que consegui compilar. Além desses eventos, o jornal Folha de SP terá uma casa com a presença de alguns autores e tem a Flipinha (programação voltada ao público infantil).
Se você souber de alguma coisa, escreva nos comentários que faço atualizações.
FLIPMAIS
Casa da Cultura - R Dona Geralda 177
Preço dos ingressos para eventos pagos: R$ 12 (inteira); R$ 6 (meia)
Os ingressos estarão à venda na Casa da Cultura e na bilheteria da Flip, para eventos do mesmo dia ou do dia seguinte.
Programação
>> 31 quinta
14h
Construindo políticas públicas para a leitura*
Com José Castilho, Marques Neto, Fabiano dos Santos Piúba, Antônio Carlos de Morais Sartini, Paulo Daniel Elias Farah e Cláudia Santa Rosa. A mediação será de Volnei Canônica
16h
Mano a mano
Com Damián Tabarovsky e Leopoldo Brizuela. A mediação será de Leandro Sarmatz
18h
Versos de risco – do hai-kai à poesia marginal
Com Adriana Calcanhotto e Charles Peixoto. A mediação será de Guilherme Freitas
20h
Tradução in translation
Com José Luiz Passos, Sam Byers, Paulo Henriques Britto e Daniel Hahn
22h
Noites de cinema: Jards
>> 1 sexta
14h
A poesia e seus caminhos de fazer ler*
Com Flávio Araújo, Luís Dill, Ninfa Parreiras e Simone Monteiro de Araújo
16h
Meio de campo: o papel do agente literário
Com Lucia Riff, Mariana Teixeira Soares e Nicole Witt. A mediação será de Henrique Rodrigues
18h
Centenário de um Nobel
Com Alberto Ruy-Sánchez e Horácio Costa
20h
Em nome do pai
Com Ivo Herzog e Marcelo Rubens Paiva. A mediação será de Zuenir Ventura
22h
Noites de cinema: Mr. Sganzerla - os signos da luz*
>> 2 sábado
10h30
O estilo Millôr
Com Reinaldo e Chico Caruso. A mediação será de Guilherme Freitas
14h
Biblioteca na escola: leitura e letramento*
Com Pilar Lacerda, Cristina Maseda, Eliane Tomé e Graça Castro. A mediação será de Patrícia Lacerda
18h
Spoken word - a poesia em performance
Com Charlie Dark e Siba. A mediação será de Alice Sant’anna
20h
Eu, Malvolio
Com Tim Crouch
22h
Noites de cinema: crônicasNÃOditas*
*Evento gratuito. Retirar ingressos uma hora antes na Casa da Cultura com uma hora de antecedência.
CASA DO IMS
Rua do Comércio, 13
De quinta a sábado, das 10h às 22h
Domingo, das 10h às 16h
Haverá exposição e lançamento do livro "Millôr 100 + 100: desenhos e frases". O novo número da revista Serrote 17 também terá lançamento durante a FLIP.
>> Quinta 31
16h – Antônio Prata
17h – Gregório Duvivier
18h – Jorge Edwards
>> Sexta 1
16h – Sérgio Augusto
17h – Almeida Faria
18h – Paulo Mendes da Rocha
19h – Graciela Mochkofsky
>> Sábado 2
16h – José Luiz Passos
17h – Daniel Alarcón
18h – Cacá Diegues
19h – Juan Villoro
* Programação sujeita a alterações
CASA DA ROCCO
Rua da Matriz, esquina com Comendador José Luiz, no Centro Histórico
De quinta-feira a sábado, sempre das 10h às 20h
No domingo, das 10h às 14h
>> Sexta 1
15h Documentos, por favor
Com Frei Betto e Claudia Nina
Mediação: Guiomar de Grammont
17h O silêncio vale mais que mil palavras
Com Flávio Izhaki e Marcelo Moutinho
Mediação: Guiomar de Grammont
>> Sábado 2
15h Sexo, drogas e literatura
Com Julio Ludemir e Wesley Peres
Mediação: Claudia Nina
17h Lançamento de Devagar e Divagando, de Flávio Carneiro
19h Literatura em trânsito
Com Florencia Garramuño e Luciana di Leone
Mediação: Diana Klinger
>> Domingo 3
12h Eu vou te matar
Com Bernardo Kucinski e Antonio Xerxenesky
Mediação: Miguel Conde
Todos os eventos são gratuitos nessa casa.
*Imagem: reprodução Google.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
NOTAS #48
Teve Copa
Acompanhei durante o mês de junho e julho as partidas disputadíssimas da Copa do Mundo de Literatura e não avisei nada do resultado final - justamente o que mais interessa. Para sanar essa falta gravíssima, digna de um cartão vermelho e uma ducha fria para refletir, venho aqui anunciar que o grande campeão foi Noturno do Chile, de Roberto Bolaño. Foi uma goleada espetacular: 17 pontos para o livro do Bolaño contra 9 pontos para Rostos na multidão, de Valeria Luiselli (México). No caminho, o campeão deixou para trás Hermann Koch (Holanda), Chico Buarque (Brasil), Elena Ferrante (Itália) e W.G. Sebald (Alemanha).
Particularmente, acho Noturno do Chile um primor. Recomendo como porta de entrada para aquelas pessoas que querem se aventurar na obra do chileno e não sabem muito bem por onde começar.
***
Como vocês viram, o Chico Buarque (representando o Brasil) foi derrotado pelo campeão e caiu na segunda rodada. Uma pena! Mais sorte para a gente da próxima vez.
***
A Copa do Mundo de Literatura vai deixar tanta saudade quanto a Copa do Mundo de Futebol. Eu não consigo parar de pensar numa Copa de Literatura Brasileira. Ainda mais com tanto livrão despencando nas nossas prateleiras.
Falando nisso...
Dois lançamentos bastante aguardados estão chegando as nossas livrarias: Luzes de emergência se acenderão automaticamente, de Luisa Geisler e A vez de morrer, de Simone Campos.
Otra Língua
Além dos alemães, os latino-americanos fizeram o maior sucesso nessa Copa do Mundo. A gente podia aproveitar essa 'buena onda' para conhecer um pouco da literatura feita pelos nossos vizinhos em boas traduções para o português. Um bom caminho é a Coleção Otra Língua da Editora Rocco, organizada por Joca Reiners Terron - um cara que entende muito do assunto. Já falei dessa coleção no ano passado, mas oito novos títulos serão lançados até o final do ano. Os dois primeiros são Hotéis, de Maximiliano Barrientos (traduzido por Joca Reiners) e Um homem morto a pontapés, de Pablo Palacio (traduzido por Jorge Wolff). Depois vem A internacional Argentina, de Copi (traduzido por Carlito Azevedo), O boxeador polaco, de Eduardo Halfon (traduzido por Lui Fagundes), Prosas apátridas, de Julio Ramón Ribeyro (traduzido por Angélica Freitas), Canção de Morrer, de Julián Herbert (traduzido por Miguel Del Castillo), Um Ano, de Juan Emar (traduzido por Pablo Cardellino) e A sinagoga dos iconoclastas, de J. Rodolfo Wilcock (traduzido por Davi Pessoa). Tem até vídeo promocional, olha que bacana: http://youtu.be/DBY0E4tWnps
No corpo
Quem acompanha este blog de longa data deve saber da paixão escondida por literatura e tautagem. Pois bem, o pessoal do Litographs (é gringo - dos Estados Unidos) resolveu fazer um financiamento coletivo com uma ideia bem bacana para quem gosta de tatuagem, mas tem medo de fazer uma definitiva: uma coleção de tatuagens literárias temporárias (daquelas tipo decalque que saem quando você toma banho). Tem tatuagens inspiradas em Jack London, James Joyce, Herman Hesse, Victor Hugo e outros mais. Detalhe: os primeiros 2.500 apoiados do projeto vão receber um trecho único de Alice no país das maravilhas para tatuar (temporariamente), fotografar e juntos formar a maior tatuagem literária de todos os tempos. O livro estará todo escrito no corpo dessas pessoas. Mais informações aqui: http://tinyurl.com/k94ujk4
Bancos Parade
Lembra da Cow Parade? Aquela exposição com estátuas de vacas em tamanho real decoradas por artistas plásticos famosos. Então, durante todo o verão a cidade de Londres vai receber uma exposição semelhante só que dessa vez as estrelas serão bancos, ao invés de vacas. Melhor do que isso: bancos decorados por artistas plásticos tendo como inspiração clássicos da literatura. Parece que são 50 bancos (portanto, 50 livros diferentes) espalhados pela cidade. Tem Charles Dickens, Nick Hornby, P.G. Wodehouse, Virginia Woolf, George Orwell (na foto), Jane Austen e outras mais. Para admirar, sentar e ler. Alguém pode aproveitar essa retomada do espaço público das nossas cidades e fazer uma coisa parecida.
*Imagens: divulgação.
Acompanhei durante o mês de junho e julho as partidas disputadíssimas da Copa do Mundo de Literatura e não avisei nada do resultado final - justamente o que mais interessa. Para sanar essa falta gravíssima, digna de um cartão vermelho e uma ducha fria para refletir, venho aqui anunciar que o grande campeão foi Noturno do Chile, de Roberto Bolaño. Foi uma goleada espetacular: 17 pontos para o livro do Bolaño contra 9 pontos para Rostos na multidão, de Valeria Luiselli (México). No caminho, o campeão deixou para trás Hermann Koch (Holanda), Chico Buarque (Brasil), Elena Ferrante (Itália) e W.G. Sebald (Alemanha).
Particularmente, acho Noturno do Chile um primor. Recomendo como porta de entrada para aquelas pessoas que querem se aventurar na obra do chileno e não sabem muito bem por onde começar.
***
Como vocês viram, o Chico Buarque (representando o Brasil) foi derrotado pelo campeão e caiu na segunda rodada. Uma pena! Mais sorte para a gente da próxima vez.
***
A Copa do Mundo de Literatura vai deixar tanta saudade quanto a Copa do Mundo de Futebol. Eu não consigo parar de pensar numa Copa de Literatura Brasileira. Ainda mais com tanto livrão despencando nas nossas prateleiras.
Falando nisso...
Dois lançamentos bastante aguardados estão chegando as nossas livrarias: Luzes de emergência se acenderão automaticamente, de Luisa Geisler e A vez de morrer, de Simone Campos.
Otra Língua
Além dos alemães, os latino-americanos fizeram o maior sucesso nessa Copa do Mundo. A gente podia aproveitar essa 'buena onda' para conhecer um pouco da literatura feita pelos nossos vizinhos em boas traduções para o português. Um bom caminho é a Coleção Otra Língua da Editora Rocco, organizada por Joca Reiners Terron - um cara que entende muito do assunto. Já falei dessa coleção no ano passado, mas oito novos títulos serão lançados até o final do ano. Os dois primeiros são Hotéis, de Maximiliano Barrientos (traduzido por Joca Reiners) e Um homem morto a pontapés, de Pablo Palacio (traduzido por Jorge Wolff). Depois vem A internacional Argentina, de Copi (traduzido por Carlito Azevedo), O boxeador polaco, de Eduardo Halfon (traduzido por Lui Fagundes), Prosas apátridas, de Julio Ramón Ribeyro (traduzido por Angélica Freitas), Canção de Morrer, de Julián Herbert (traduzido por Miguel Del Castillo), Um Ano, de Juan Emar (traduzido por Pablo Cardellino) e A sinagoga dos iconoclastas, de J. Rodolfo Wilcock (traduzido por Davi Pessoa). Tem até vídeo promocional, olha que bacana: http://youtu.be/DBY0E4tWnps
No corpo
Quem acompanha este blog de longa data deve saber da paixão escondida por literatura e tautagem. Pois bem, o pessoal do Litographs (é gringo - dos Estados Unidos) resolveu fazer um financiamento coletivo com uma ideia bem bacana para quem gosta de tatuagem, mas tem medo de fazer uma definitiva: uma coleção de tatuagens literárias temporárias (daquelas tipo decalque que saem quando você toma banho). Tem tatuagens inspiradas em Jack London, James Joyce, Herman Hesse, Victor Hugo e outros mais. Detalhe: os primeiros 2.500 apoiados do projeto vão receber um trecho único de Alice no país das maravilhas para tatuar (temporariamente), fotografar e juntos formar a maior tatuagem literária de todos os tempos. O livro estará todo escrito no corpo dessas pessoas. Mais informações aqui: http://tinyurl.com/k94ujk4
Bancos Parade
Lembra da Cow Parade? Aquela exposição com estátuas de vacas em tamanho real decoradas por artistas plásticos famosos. Então, durante todo o verão a cidade de Londres vai receber uma exposição semelhante só que dessa vez as estrelas serão bancos, ao invés de vacas. Melhor do que isso: bancos decorados por artistas plásticos tendo como inspiração clássicos da literatura. Parece que são 50 bancos (portanto, 50 livros diferentes) espalhados pela cidade. Tem Charles Dickens, Nick Hornby, P.G. Wodehouse, Virginia Woolf, George Orwell (na foto), Jane Austen e outras mais. Para admirar, sentar e ler. Alguém pode aproveitar essa retomada do espaço público das nossas cidades e fazer uma coisa parecida.
*Imagens: divulgação.
NOTAS #48
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